20 anos sem Freddie Mercury
Voz potente que hipnotizava multides se calou em 24 de novembro de 1991, mas fs no esquecem vocalista do Queen
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Lucas Reginato _247 – Em 24 de novembro de 1991, Freddie Mercury, aos 45 anos, morria em sua famosa residência – a Garden Lodge, Rua Logan Place, nº1, no bairro de Kensington, região oeste de Londres. No dia anterior, ele havia declarado ao mundo que sofria de AIDS, o que já era desconfiado por muita gente, pois há tempos o cantor já estava doente.
Se Farrokh Bulsara, nome com o qual foi batizado quando nasceu na costa leste africana, morreu cedo, foi tempo mais do que suficiente para se tornar um ícone do rock e da música contemporânea em geral. Foi ele o grande personagem na aproximação do Rock n’ Roll simplista com as melodias complexas da música erudita. Sua voz potente o consagrou como um dos maiores cantores da história.
Com o guitarrista Brian May, o baterista Roger Taylor e o baixista John Deacon, o Queen foi formado nos primeiros meses da década de 70. Aos poucos, foram se afastando do Heavy Metal e indo ao encontro de sons mais melódico. Em 1975, no álbum “A Night at the Opera”, lançaram Bohemian Rhapsody, considerada a melhor música popular da história. Inclassificável, a faixa conta a história de um homem que busca se livrar desse mundo através de cantos líricos, guitarras distorcidas e sempre, inevitavelmente, com a figura de Mercury à frente.
As canções megalomaníacas do Queen foram feitas na medida para grandes multidões. No Wembley, em 1986, fizeram talvez o melhor show de rock da história, colocando o estádio londrino abaixo com “We Will Rock You” e “We Are the Champions”, entre outras. Um ano antes, vieram ao Brasil e roubaram a cena no primeiro Rock in Rio, hipnotizando 250 mil pessoas com a belíssima “Love of My Life”.
Na cidade suíça de Montreux, famosa pelos festivais musicais, o cantor viveu e trabalhou durantes alguns anos de sua vida. Foi lá que gravou suas últimas frases, em 1991, para o álbum Made in Heaven. Foi lá também que ficou eternizado na estátua de bronze da artista checa Irena Sedlecka.
Mesmo em aventuras pela carreira solo, quando teve a oportunidade de ser mais introspectivo, a complexidade musical e o domínio de palco não abandonaram o artista. Aqueles que tiveram a oportunidade de conviver com ele, sempre o descrevem como uma pessoa enérgica, animada e bem-humorada. Da mesma forma como, durante os 20 anos de sua carreira, e mesmo os 20 anos até hoje em dia, encantou gerações de fãs, tanto da música popular como da música erudita.
Homenagens
Diante da grandiosidade da figura de Mercury, homenagens aparecem em todo lugar. Uma cinebiografia será protagonizada pelo ator Sacha Baron Cohen (à esquerda, na foto), conhecido pelo seu personagem Borat, e comicamente similar à lenda do rock.
Outra iniciativa é o lançamento de um CD com a curiosa parceria com Michael Jackson. As gravações foram feitas na década de 80, e o lançamento da utilização comercial foi autorizada pelo rei do pop antes de seu falecimento. O álbum deve ir às lojas no ano que vem.
No dia em que comemoraria 65 anos, a homenagem foi de responsabilidade do Google, que colocou, durante todo o 5 de setembro de 2011, um sofisticado Doodle com referências à vida e obra de Freddie Mercury.
Mas a homenagem mais curiosa foi um vídeo divulgado em 2009 com uma interpretação dos Muppets de “Bohemian Rhapsody”. Com mudanças caricatas, deram à canção um tom mais leve que, sem dúvida, agradaria o intérprete original.
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