Wajngarten: carta da Pfizer sobre compra de vacinas ficou dois meses sem resposta pelo governo
No documento, cujo um dos destinatários é Jair Bolsonaro, a farmacêutica americana pede pressa ao governo federal na compra de seus imunizantes, tendo em vista a alta demanda mundial
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247 - O ex-chefe da Secom da Presidência da República Fabio Wajngarten confirmou em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (12) que a carta encaminhada pelo CEO mundial da Pfizer, Albert Bourla, a Jair Bolsonaro em setembro do ano passado ficou dois meses sem ser respondida.
No documento, a farmacêutica americana pede pressa ao governo federal na compra de seus imunizantes, tendo em vista a alta demanda mundial.
"A carta existe. Eu disse que a quantidade de vacinas não era 70 milhões. Ela foi enviada em 12 de setembro", disse Wajngarten ao ser questionado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
O ex-chefe da Secom revelou que os destinatários da carta eram Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o então ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto.
O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acrescentou que o documento também tinha como destinatários o vice-presidente, Hamilton Mourão, e o embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Forster Jr.
"Eu recebi essa carta em 9 de novembro, e até esse dia ninguém havia respondido essa carta", disse Wajngarten.
Segundo os relatos do ex-chefe da Secom, a cronologia da carta enviada pela Pfizer se deu da seguinte forma:
- Governo recebe carta da Pfizer em 12 de setembro;
- Em 9 de novembro, Wajngarten recebe ligação do presidente da Pfizer e imediatamente informa Bolsonaro. Paulo Guedes estava junto e falou "vacina é o caminho";
- Somente em 22 de fevereiro o governo edita MP tratando da compra de vacinas.
Acompanhe o depoimento de Wajngarten ao vivo na TV 247:
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