Wadih Damous: Flávio Bolsonaro quebrou decoro parlamentar por ter certeza da impunidade de seus crimes

Segundo o advogado Wadih Damous (PT), o senador Flávio Bolsonaro “tem tanta certeza da impunidade de seus crimes, que resolveu quebrar o decoro parlamentar”, chamando Renan Calheiros de "vagabundo" para socorrer um “depoente mentiroso”, Fábio Wajngarten

(Foto: Ederson Casartelli/Brasil247)


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247 - O senador Flávio Bolsonaro quebrou o decoro parlamentar ao chamar o senador Renan Calheiros de “vagabundo” numa tentativa de socorrer o depoente na CPI da Covid Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação, segundo o advogado Wadih Damous (PT).

“Flavio Bolsonaro, em socorro a um depoente mentiroso, chamou o relator da CPI, Renan Calheiros, de vagabundo. O filho 01 tem tanta certeza da impunidade de seus crimes, que resolveu quebrar o decoro parlamentar. Acha que vai ficar por isso mesmo como os seus crimes. Pelo visto, vai”, escreveu Damous no Twitter.

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A sessão da CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira, 12, terminou em bate-boca entre os senadores Renan Calheiros (MDB) e Flávio Bolsonaro (Republicanos). Flavio chamou Renan de “vagabundo” e recebeu resposta: “vagabundo é você que roubou dinheiro do pessoal do seu gabinete”.

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Flavio participou da sessão com o ex-secretário da Secom Fabio Wajngarten apesar de não ser membro da CPI e marcou presença apenas com o tumulto final, sem ter feito qualquer fala ou pergunta antes disso. 

O filho de Jair Bolsonaro disse que ‘cidadão honesto’ como Wajngarten não poderia ser preso por um ‘vagabundo’ como Renan. “Quem disse que entrevista à Veja é parâmetro para falar a verdade aqui ou não?”, indagou ainda. Ele continuou os xingamentos a Renan em entrevista após o fim da sessão.

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Wajngarten foi chamado a depor na CPI após afirmar que “incompetência” do Ministério da Saúde, liderado então pelo general Eduardo Pazuello, causou atraso na compra de vacinas contra a Covid-19.

Mentiras de Wajngarten

Declarações que o ex-chefe da Secom fez à Veja foram negadas aos senadores, mas um áudio desmentiu o depoente. Além disso, houve mentiras sobre campanha publicitária do governo e sobre o afastamento do ex-secretário em março por Covid.

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Ao menos três senadores defenderam a prisão de Fabio Wajngarten por mentir em seu depoimento: Renan Calheiros (MDB), Alessandro Vieira (Cidadania) e Fabio Contarato (Rede). 

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (MDB-AM), no entanto, apesar das mentiras, afirmou que não acatará os pedidos de prisão do depoente. "Não vou mandar prender o Wajngarten. Não sou carcereiro de ninguém", disse o senador. "Não é impondo a prisão de alguém que a CPI vai dar resultado".

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