Teich entrega Bolsonaro e diz que saiu porque foi obrigado a prescrever cloroquina
"Minha convicção pessoal era a de que não existia evidência de eficácia, tínhamos (eu e Bolsonaro) um entendimento diferente", afirmou o ex-ministro da Saúde Nelson Teich em depoimento na CPI da Covid. Assista ao vivo a transmissão pela TV 247
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247 - Em depoimento na CPI da Covid, na manhã desta quarta-feira (5), o ex-ministro da Saúde Nelson Teich já entregou Jair Bolsonaro, ao reforçar que membros do governo Jair Bolsonaro faziam lobby pelo uso da cloroquina contra a Covid-19. O medicamento não tem comprovação científica para o tratamento contra a doença.
O ex-titular da pasta disse que deixou o cargo devido à "falta de autonomia" para fazer o gerenciamento da maior crise sanitária da história do País.
"Minha convicção pessoal era a de que não existia evidência de eficácia, tínhamos (eu e Bolsonaro) um entendimento diferente. Isso motivou minha saída", afirmou Teich. "O pedido (de demissão) específico foi pelo desejo de ampliação de uso da cloroquina. Esse era o problema pontual, mas isso refletia uma falta de autonomia e de liderança", acrescentou.
O ex-ministro também disse que não sabia da produção de cloroquina pelo Exército. Ele disse que não foi consultado sobre o uso do remédio. "Era uma conduta tecnicamente inadequada", disse. "Minha orientação era contrária (à distribuição de cloroquina). Se eu tivesse sabido, não deixaria fazer", continuou.
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