TCU desmente Pazuello e diz que TrateCov, app criado para prescrever cloroquina, não foi adulterado por hacker

Segundo análise do tribunal, o aplicativo foi planejado para identificar a associação de quaisquer dois sintomas como "provável diagnóstico de Covid-19" e prescrever automaticamente o suposto "tratamento precoce

Ex-ministro Eduardo Pazuello e o aplicativo TrateCov
Ex-ministro Eduardo Pazuello e o aplicativo TrateCov (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Ministério da Saúde)


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247 - Análise do Tribunal de Contas da União (TCU) desmente o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à CPI da Covid e conclui que o aplicativo TrateCov, usado em Manaus para supostamente auxiliar na identificação de casos de Covid-19, não foi adulterado por hacker, segundo Chico Alves, do UOL.

De acordo com análise dos auditores do tribunal, o aplicativo foi planejado para identificar a associação de quaisquer dois sintomas como "provável diagnóstico de Covid-19" e prescrever automaticamente o suposto "tratamento precoce" para a doença, que não tem eficácia comprovada.

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Quando questionado sobre o motivo do aplicativo sugerir o suposto "tratamento precoce", Pazuello alegou que houve "roubo dessa plataforma" e disse ter registrado o caso na polícia. "Foi hackeado por um cidadão. Tem uma investigação que chega nesse cidadão, ele foi descoberto, pegou o diagnóstico, alterou dados e colocou na rede pública".

Segundo a análise do TCU, o aplicativo sugeria a adoção do chamado "tratamento precoce" a pacientes que apresentassem "dor de cabeça" e "náuseas", ou "lombalgia" e "dor em coluna torácica", ou ainda "dor de garganta" e "dor em membros inferiores".

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Além da cloroquina, o TrateCov também receitava: Hidroxicloroquina, Ivermectina, Azitromicina, Doxiciclina, Sulfato de Zinco e Dexametazona.

"Enquanto a saúde de Manaus estava colapsando, com muitos pacientes precisando de oxigênio, por causa da segunda onda da covid-19, a senhora Mayra Pinheiro (secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde) e o senhor Pazuello lançavam o TrateCov e transformaram o povo da capital do Amazonas em objeto de experimento. Isso é crime de lesa-humanidade, que deve ser levado a julgamento no Tribunal de Haia", exclamou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid.

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