Simone Tebet diz que havia um "propinoduto" da vacina no Ministério da Saúde

Para a líder da bancada feminina no senado, "está comprovado, por documentos, testemunhas, vídeos e perícias, que o governo federal foi omisso e que houve uma intenção". Ela diz: "“Fomos surpreendidos por denúncias de um possível esquema de propinoduto, de compra de vacinas superfaturadas."

Simone Tebet
Simone Tebet (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)


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247-  A senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou em entrevista ao Yahoo Notícias,  que a CPI já tem provas suficientes para conduzir um processo de impeachment de Jair Bolsonaro por sua omissão comprovada na condução da pandemia do coronavírus. Para ela não há dúvidas de que havia um esquema criminoso de compra de vacinas no MInistério da Saúde: “Fomos surpreendidos por denúncias de um possível esquema de propinoduto, de compra de vacinas superfaturadas."

“Está comprovado, por documentos, testemunhas, vídeos e perícias, que o governo federal foi omisso e que houve uma intenção”, disse a parlamentar. 

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“Já tem crimes da primeira fase, crime de responsabilidade, que já permitiria à Câmara abrir um processo de impeachment”, acrescentou.

Segundo Tebet, com os novos depoimentos, a CPI agora quer entender como funcionava o “propinoduto” das vacinas dentro do Ministério da Saúde que envolve, inclusive, o Bolsonaro. 

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“Fomos surpreendidos por denúncias de um possível esquema de propinoduto, de compra de vacinas superfaturadas. Só não foi efetivada, embora todos os trâmites aconteceram, porque houve a denúncia de um servidor público”.

A fala da senadora refere-se à denúncia do deputado Luís Miranda (DEM-DF), que afirmou em seu depoimento à CPI que ele e o irmão, o servidor do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda, procuraram Bolsonaro em 20 de março deste ano,  para falar das irregularidades envolvendo o contrato entre a Precisa Medicamentos e a Covaxin na compra de 20 milhões de doses da vacina.  Inclusive, Miranda diz ter uma conversa gravada de 50 minutos entre ele, o irmão e Bolsonaro, que comprometeria o líder do Planalto.

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“Aquela revelação foi decisiva em todos os aspectos”, destaca a senadora.

A líder da bancada feminina no senado ainda destaca como provas do “propinoduto” das vacinas as falhas nas invoices. Segundo a senadora, a CPI já tem elementos probatórios em relação ao contrato da Covaxin. 

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“A nota de empenho poderia ser feita, mas o contrato não podia ser assinado. Não havia lei permitindo a compra de vacinas sem a autorização da Anvisa ou das ‘Anvisas’ da Europa, da China ou dos Estados Unidos”, disse. “Tínhamos Invoices equivocadas, que não eram apenas erros formais, com pagamento antecipado, com doses erradas, para pagar para um empresa que não constava no contrato”, pontuou.

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