Servidor da Saúde confirma que ministro Onyx mentiu sobre documentos pela compra da Covaxin

Em depoimento à CPI, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, exibiu o “invoice” - documento para pagamento - que o ministro Onyx Lorenzoni disse não existir. O documento consta inclusive no sistema da pasta

Onyx Lorenzoni e Luis Ricardo Miranda
Onyx Lorenzoni e Luis Ricardo Miranda (Foto: ABr | Edilson Rodrigues/Agência Senado)


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247 - O servidor Luis Ricardo Miranda, do Ministério da Saúde, confirmou em depoimento à CPI da Covid nesta sexta-feira (25) que o ministro Onyx Lorenzoni, da Secretaria Geral da Presidência, mentiu ao dizer que não existia a nota fiscal suspeita mencionada por ele, Luis Ricardo, em depoimento ao Ministério Público Federal no âmbito da investigação da compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal.

Na CPI, Luis Ricardo exibiu a nota fiscal, chamada “invoice”, aos senadores. Segundo ele, eram três as inconsistências no documento que impediam a continuidade da negociação da vacina: o nome da empresa que receberia o pagamento era Madison Biotech (nem a fabricante da vacina, Bharat Biotech, nem a sua representante legal no Brasil, Precisa Medicamentos); a informação de que haveria pagamento 100% antecipado; e o número de doses em inconformidade em relação ao primeiro contrato: 300 mil. O mesmo documento consta do sistema do Ministério da Saúde.

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A sessão desta sexta na CPI da Covid acontece em meio a muitas tensões devido a exaltação da base governista, especialmente do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro. “O Fernando Bezerra que está aqui hoje não é o Fernando Bezerra que eu conheço, está muito nervoso”, comentou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que acompanha o irmão, Luis Ricardo, ameaçou deixar a CPI em meio ao bate-boca.

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