Senadores da CPI da Covid denunciam Bolsonaro: "tentar calar e agredir a imprensa é típico de fascistas"

Os membros da comissão no Senado ressaltam que os ataques não foram apenas à imprensa, mas “a todos os brasileiros que anseiam por uma resposta à tragédia” dos 500 mil mortos por Covid-19

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Reuters)


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247 - Os integrantes da CPI da Covid assinaram uma nota contra os recentes ataques de Jair Bolsonaro à imprensa. Nesta segunda-feira, 21, Bolsonaro insultou a jornalista Laurene Santos. Os senadores afirmam que “tentar calar e agredir a imprensa é típico de fascistas e de pessoas avessas à democracia brasileira”.

“Asseguramos que os responsáveis pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches”, continua o texto, que destaca também a marca de 500 mil mortos em decorrência da Covid-19, atingida pelo Brasil no último fim de semana. 

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Por isso, os membros da comissão no Senado ressaltam que os ataques não foram apenas à imprensa, mas “a todos os brasileiros que anseiam por uma resposta à tragédia”, reforçando ainda que “os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam e nem prescrevem".

Em mais um ato de descontrole, Jair Bolsonaro atacou, nesta segunda, uma jornalista de uma afiliada da TV Globo, além de insultar a própria emissora e a CNN Brasil. 

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O chefe do governo federal ainda se mostrou decepcionado pela cobertura jornalística das manifestações do último sábado, 19, que reuniram mais de 750 mil pessoas no Brasil e no mundo.

Questionado por uma repórter sobre a dispensa do uso de máscara, Bolsonaro se irritou e passou a fazer uma série de ofensas à imprensa: "vocês não ajudam em nada".

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Nem mesmo a própria equipe do governo escapou do surto de Bolsonaro, que mandou seu "staff" "calar a boca".

O descontrole de Bolsonaro foi criticado pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que pediu para o chefe do Planalto renunciar e defendeu novamente o impeachment do presidente.

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Leia a nota na íntegra:

Nota Pública da Maioria dos Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito da PANDEMIA

As senadoras e os senadores desta Comissão manifestam solidariedade à jornalista Laurene Santos, que hoje, enquanto trabalhava, foi submetida a uma reação, no mínimo, desproporcional do presidente da República a uma pergunta legitimamente feita pela repórter. A agressão do senhor presidente da República não foi apenas à jornalista Laurene, mas a todos os brasileiros que anseiam por uma resposta à tragédia que atingiu mais de 500 mil famílias desde o início da Pandemia, no ano passado.

Tentar calar e agredir a imprensa é típico de fascistas e de pessoas avessas à democracia brasileira.

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Asseguramos que os responsáveis pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches. Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam e nem prescrevem.

Omar Aziz

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Presidente CPI

Randolfe Rodrigues

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Vice Presidente

Renan Calheiros

Relator

Tasso Jereissati

Otto Alencar

Eduardo Braga

Humberto Costa

Alessandro Vieira

Rogério Carvalho

Eliziane Gama

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