Senador protocola pedido de convocação de Carlos Bolsonaro para prestar depoimento à CPI da Covid

O senador Alessandro Vieira protocolou pedido de convocação do vereador Carlos Bolsonaro para prestar depoimento ao Senado, após o gerente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmar que o vereador participou de reuniões do governo em Brasília para tratar da negociação de vacinas

Carlos Bolsonaro
Carlos Bolsonaro (Foto: Divulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro)


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247 - O senador Alessandro Vieira (Cidadania) protocolou pedido de convocação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) para prestar depoimento ao Senado, após o gerente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmar que o vereador participou de reuniões do governo em Brasília para tratar da negociação de vacinas.

Vieira ainda pediu que o assessor especial da Presidência da República, Filipe Martins, outro que também foi mencionado por Murillo, preste depoimento à CPI da Covid.

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“Defendo que todos os citados pelo gerente da Pfizer como participantes das reuniões paralelas para aquisição de vacinas sejam ouvidos, inclusive o vereador Carlos Bolsonaro. Por isso estou protocolando esse requerimento”,  afirmou o senador ao jornal O Globo.

Mais cedo, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) cobrou que Carlos Bolsonaro e Martins fossem ouvidos pela comissão. Já o senador Humberto Costa (PT) afirmou pelo Twitter que o Brasil não pode ser "quintal" da família Bolsonaro.

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Pfizer diz que Bolsonaro recusou seis propostas para comprar vacinas

Carlos Murillo, gerente-geral da Pfizer na América Latina,  afirmou em seu depoimento à CPI da Covid, nesta quinta-feira, 13, que o governo Jair Bolsonaro recusou seis propostas formais para a compra de vacinas contra a Covid-19 feitas pela farmacêutica e não três como havia sido divulgado pela mídia. 

Com isso, subiu de 11 para 14 o número de vezes que o governo ignorou a possibilidade de adquirir imunizantes contra a doença, sendo seis da Pfizer, seis do Instituto Butantan e duas da Covax Facility. 

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Os documentos detalhando o fornecimento das doses que poderiam ser fornecidas ao país foram enviados pela Pfizer nos dias 14, 18 e 26 de agosto e em 11 e 24 de novembro do ano passado, além do último dia 15 de fevereiro. 

Em seu depoimento, Murillo também destacou que entre maio e dezembro do ano passado não conversou sobre o fornecimento de vacinas contra a Covid-19 com nenhum ministro do governo Jair Bolsonaro. 

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Questionado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) se havia dialogado com algum ministro, Murillo disse que manteve conversa com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em apenas duas oportunidades e que nos demais encontros com representantes do governo as tratativas foram feitas com representantes das equipes técnicas. Ainda segundo ele, as conversas com Guedes teriam se dado em torno do quantitativo de doses que poderiam ser disponibilizadas. 

Mais cedo, o executivo já havia revelado que o governo de Jair Bolsonaro rejeitou três ofertas de 70 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech.  

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