Senador pede que farmacêuticas revelem à CPI da Covid dados sobre venda de cloroquina e ivermectina
O senador Alessandro Vieira (Cidadania) afirma que a comercialização dos produtos cresceu mais de 500% durante a pandemia
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247 - O senador Alessandro Vieira (Cidadania), integrante da CPI da Covid no Senado, protocolou, nesta terça-feira, 8, um pedido para que as farmacêuticas Apsen, Cristália, EMS, Germed, Merck, Sanofi e Vitamedic repassem à comissão parlamentar informações sobre a comercialização de ivermectina ou hidroxicloroquina.
Os requerimentos ainda não foram apreciados. Neles, o parlamentar ainda solicita a quantidade vendida em 2019, 2020 e 2021, além do nome e CNPJ dos principais compradores desde o ano passado, e os valores pagos, informou a Folha de S.Paulo.
Segundo o senador, a comercialização dos produtos cresceu mais de 500% durante a pandemia. “Compreender este aumento, bem como o perfil dos seus principais distribuidores, é relevante para traçar a capilaridade e a dimensão do uso destes medicamentos no país”, justifica Vieira.
O remédio, apesar de ser ineficaz contra o novo coronavírus, é propagado por Jair Bolsonaro e membros do governo federal como sendo uma forma de tratamento precoce contra a Covid-19.
Secretária não foi nomeada por posição sobre cloroquina
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou, nesta terça-feira, antes de chegar à CPI da Covid, no Senado, que a médica Luana Araújo não foi nomeada secretária de enfrentamento à Covid-19 por sua posição contrária ao “tratamento precoce” com o uso da cloroquina. Ela foi anunciada como secretária, mas foi afastada dez dias depois por Queiroga, por ordem de Jair Bolsonaro - ela não chegou a tomar posse.
“A doutora Luana não foi nomeada. Isso é incumbência do Ministro da Saúde. Nós entendemos que nesse momento o nome dela não seria o melhor nome para promover a conciliação com os médicos que queremos ter”, disse Queiroga em entrevista à GloboNews.
O titular da pasta afirmou que “há divergências entre médicos” e que Luana não teria “isenção em relação aos temas que estão sendo conduzidos”.
“Questões políticas não afetam a política partidária. É política médica. Os médicos estão divergindo. E é preciso uma pessoa que tenha certa isenção em relação aos temas que estão sendo conduzidos”, disse Queiroga. “Eu mesmo posso ser demitido pelo presidente a qualquer momento. Essa é a regra do jogo”.
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