Resultados de laboratório não podem ser aplicados indiscriminadamente na vida real, diz Luana Araújo

"Se eu pegar essa placa, essa cultura viral e botar no micro-ondas, os vírus vão morrer, mas não é por isso que eu vou pedir para o paciente entrar no forno duas vezes por dia", comparou a médica infectologista em depoimento à CPI da Covid

Médica infectologista Luana Araújo
Médica infectologista Luana Araújo (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)


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247 - Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (2), no qual destruiu todas as teses sobre o suposto "tratamento precoce" contra a Covid-19, a médica infectologista Luana Araújo afirmou que não se pode aplicar indiscriminadamente resultados laboratoriais na vida real.

"Não é porque funcionou em um teste em laboratório que isso vai funcionar na vida real. Um remédio contra o vírus pode ser eficaz em um estudo in vitro e isso não funcionar no cotidiano", disse a especialista ao senador Marcos Rogério (DEM-RO).

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A médica, então, fez uma comparação primorosa para esclarecer o que estava dizendo. “Se a gente for olhar para os antivirais in vitro, existe muita coisa, existem medicações antivirais pra HIV que funcionaram o in vitro, por exemplo, pra Covid e não funcionaram no organismo humano. Se eu pegar essa placa, essa cultura viral e botar no micro-ondas, senador [Marcos Rogério], os vírus vão morrer, mas não é por isso que eu vou pedir para o paciente entrar no forno duas vezes por dia".

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