Renan Calheiros: a CPI da Covid "punirá os responsáveis pela propina nas vacinas"
O presidente da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), destacou que o governo Jair Bolsonaro deveria ter rompido com "o contrato intermediado por um caloteiro contumaz", em referência à Precisa Medicamentos
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247 - O presidente da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), reforçou no Twitter que senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito vão punir os responsáveis por um esquema de propina na importação de vacinas contra a Covid-19. Ao fazer a postagem, o parlamentar destacou a informação de que o laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da vacina contra Covid-19 Covaxin, anunciou a extinção imediata do memorando de entendimentos que havia assinado com a farmacêutica brasileira Precisa Medicamentos.
"Diante de mais de 20 irregularidades comprovadas pela CPI, o governo não rompeu o contrato intermediado por um caloteiro contumaz. A Bharat então desfez o negócio superfaturado. A CPI seguirá investigando e punirá os responsáveis pela propina nas vacinas", escreveu o parlamentar no Twitter.
A compra da Covaxin foi a única para a qual houve um intermediário e sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa. O preço da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante.
Em depoimento à CPI da Covid, no dia 1 de julho, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati, confirmou que US$ 3,50 era o valor da dose na primeira tratativa sem propina, para a distribuição 400 milhões de doses. De acordo com o militar, a solicitação de propina só viria com um US$ 1 dólar por dose a pedido de Roberto Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde.
No dia 15 de julho, Cristiano Carvalho, vendedor da empresa Davati Medical Supply no Brasil, confirmou pedidos de propina para as negociações envolvendo doses da vacina Astrazeneca. "Mas não se falava de propina. Falava-se de comissionamento. Quem pediu foi o grupo do Blanco", afirmou ele na sessão da CPI.
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