Relatório da CPI diz que Braga Netto foi omisso e pede indiciamento por epidemia culposa

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, fez a acusação contra o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, na versão preliminar do relatório final. De acordo com o documento, "ações e eventuais omissões" do general "também influenciaram nesses resultados desastrosos" do combate à pandemia

Senador Renan Calheiros e o ministro da Defesa, Walter Braga Neto
Senador Renan Calheiros e o ministro da Defesa, Walter Braga Neto (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Alan Santos/PR)


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247 - O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), acusou o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, de omissão no combate à pandemia. O pedido de indiciamento do general no relatório final é pautado no crime de epidemia culposa com resultado morte, previsto no Código Penal. A informação foi publicada pela coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo. O parlamentar fez a acusação na versão preliminar do relatório final - as cópias começaram a circular entre senadores na noite dessa segunda-feira (19).

Ex-chefe da Casa Civil, o general comandou o Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise da Covid-19, criado por Jair Bolsonaro no começo da pandemia.

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O senador afirmou que Braga Netto aceitou "medidas inadequadas e tardias" discutidas entre membros do governo. De acordo com o relatório, "ações e eventuais omissões" do general "também influenciaram nesses resultados desastrosos" do combate à pandemia.

Mesmo tendo requerimento de convocação aprovado, Braga Netto não foi chamado para depor na CPI porque não havia consenso entre os parlamentares sobre colocá-lo nos bancos da Comissão Parlamentar de Inquérito. Senadores entenderam que a convocação dele poderia aumentar o tensionamento com as Forças Armadas.

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O relatório também citou os ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Wagner do Rosário (Controladoria-Geral da União) e Onyx Lorenzoni (Cidadania; depois Secretaria-Geral da Presidência da República e atualmente Trabalho e Previdência).

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