Randolfe diz que governo Bolsonaro é "uma aliança de facínoras milicianos com uma elite política corrupta"

Para o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues, "nunca esse tipo de gente tinha chegado ao governo da República como chegou com Jair Bolsonaro"

Randolfe Rodrigues e Jair Bolsonaro
Randolfe Rodrigues e Jair Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | REUTERS/Adriano Machado)


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247 - O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), qualificou o governo Jair Bolsonaro como resultado de “uma aliança de facínoras milicianos com uma elite política corrupta que manda no país há muito tempo”. “A presença na CPI do líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), junto aos esquemas que estão governando é o retrato disso”, disse o parlamentar em entrevista ao jornal El País. De acordo com um relatório do Controle de Atividades Financeiras (COAF) enviado à CPI, o deputado registrou "movimentação financeira incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira".

Para Randolfe, “Ricardo Barros é o representante da arrogância de uma parte da elite brasileira, da arrogância de uma elite que não saiu da Casa Grande, da arrogância de uma elite que acha que está acima da lei, que está acima de tudo e que é superior. Esse pessoal chegou ao núcleo central de poder, que eles nunca tinham tido na história brasileira. Nunca esse tipo de gente tinha chegado ao Governo da República como chegou com Jair Bolsonaro”. 

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O senador também criticou o que chamou de “omissão” por parte da Procuradoria-geral da República (PGR), comandada por Augusto Aras. “A CPI ocupou um espaço que deveria ter sido ocupado por outras instituições. Eu lamento a atuação do Ministério Público Federal. Os membros do Ministério Público Federal hão de refletir sobre as amarras que foram impostas a eles pelo Governo Jair Bolsonaro. Eu espero até que a maioria dos membros do Ministério Público compreenda que não se pode dar vazão àqueles que conspiram contra o estado democrático de direito. Esses não podem ter oportunidades. Eu acredito no conjunto do Ministério Público, mas ocorreu uma omissão por parte do procurador-geral da República [Augusto Aras]”, disse. 

“Até a implantação da CPI, o presidente Bolsonaro saia toda segunda-feira e colocava o Brasil no cercadinho [onde se encontram os militantes no Palácio da Alvorada]. A CPI devolveu o Bolsonaro para o cercadinho dele e pautou a agenda nacional. Ele está tentando agora correr atrás, deixando de falar da CPI e tentando colocar o país no cercadinho de novo. Fala de voto impresso, enquanto nós temos 9% de inflação ao ano, a maior dos últimos 20 anos. Enquanto os brasileiros não têm como comprar carne, arroz. Enquanto 19 milhões de brasileiros voltaram para a linha da miséria”, completou Randolfe.

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