Randolfe diz que CPI será prorrogada e mostra documento indicando que governo alterou lei para compra da Pfizer e Janssen

Parlamentar apresentou documento apontando que o governo Jair Bolsonaro teria modificado a cláusula de uma medida provisória que visava acelerar a compra de imunizantes

Randolfe Rodrigues
Randolfe Rodrigues (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)


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247 - O vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informou que irá apresentar um requerimento para prorrogar os trabalhos do colegiado por um período de 90 dias. O pedido deverá ser colocado em votação nesta quinta-feira (24). O parlamentar também apresentou um documento apontando que o governo Jair Bolsonaro teria modificado a cláusula de uma medida provisória que visava acelerar a compra de imunizantes.

O anúncio de Randolfe foi feito após a base governista que integra a CPI apresentar uma série de requerimentos de pessoas que, em sua avaliação, deveriam ser ouvidas pelo colegiado. Randolfe aproveitou o momento  para pedir que também fosse apreciado um requerimento de pedido de informações acerca da minuta da MP 1026, publicada em janeiro deste ano, que facilita a compra de vacinas pelo governo federal.

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Segundo ele, um documento recebido pela CPI aponta que durante uma reunião ocorrida na Casa Civil da Presidência da República no dia 23 de dezembro. "Não sabíamos o que estava escrito neste documento. Embaixo tem uma anotação: sem cláusula de garantia/seguro a aquisição das vacinas da Janssen e da Pfizer ficam inviabilizadas" destacou o senador. 

"Dia 6 de janeiro sai a medida provisória 1026 sem a cláusula de garantia de seguro e, com isso, não foi possível adquirir as vacinas da Pfizer e da Janssen em janeiro, e que só vieram a ser adquiridas após projeto de lei do Congresso Nacional em março", completou.  

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Segundo Randolfe, no dia 6 de janeiro o representante da Covaxin estava na Índia. “Uma das razões que ele alegou na Índia [para o desenvolvimento do imunizante], segundo descrição da embaixada brasileira no país, e que ele afirmou às autoridades, foi que nós queremos desenvolver a vacina da Bharat Biontech, através da Precisa, para inviabilizar, impedir, quebrar o monopólio da Pfizer".

No dia seguinte, 7 de janeiro, Jair Bolsonaro ligou para o primeiro-ministro da Índia para tratar da Covaxin. "Essa CPI precisa apurar se tudo isso foi mera coincidência", disse Randolfe. 

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