PF abre inquérito para apurar vazamento na CPI e Randolfe compara chefe da Justiça a ministro de Hitler
“Então o ministro da Justiça, no alvorecer dessa CPI, dá uma entrevista intimidando, dizendo qual investigação deveria ocorrer aqui. Isso equipara-se a transformar a honrosa Polícia Federal em polícia política”, criticou o senador, vice-presidente da CPI
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247 - A Polícia Federal (PF) determinou, nesta quarta-feira, 4, abertura de inquérito para apurar o vazamento de depoimentos sigilosos, enviados pelo órgão à CPI da Covid, e que ele faz parte de duas investigações em andamento: uma sobre suspeita de prevaricação de Jair Bolsonaro e outra sobre a compra da vacina Covaxin.
As investigações foram enviadas pela PF à comissão parlamentar após requerimento da CPI. A polícia declara que enviou a íntegra dos dois inquéritos e os depoimentos de oito pessoas gravados em vídeo e sem qualquer edição, ao contrário do que denunciam senadores.
Em sessão da CPI nesta quarta, o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede), afirmou que “a Polícia Federal não abriu inquérito no caso Precisa, só abriu inquérito 4 meses depois, com a ocorrência dessa CPI. A PF manda para cá depoimentos incompletos, com suspeitas de edição, conforme foi denunciado pelo senador Rogério Carvalho”.
Ainda, o senador comparou o ministro da Justiça, Anderson Torres, que comanda a PF, ao ministro de mesma função no governo do ditador nazista Adolf Hitler, Franz Gürtner. “Acho que o ministro da Justiça se chama Anderson Torres, e não Franz Gürtner”, afirmou.
“Então o ministro da Justiça, no alvorecer dessa CPI, dá uma entrevista intimidando, dizendo qual investigação deveria ocorrer aqui. Isso equipara-se a transformar a honrosa Polícia Federal em polícia política. Eles tenham claro”, disse o senador ao criticar a abertura do inquérito pela PF, que justificou a medida em nota.
"A PF determinou abertura de investigação para apurar o vazamento dos inquéritos e depoimentos", diz o comunicado.
Vídeo editado
Mais cedo, o senador Rogério Carvalho (PT) reclamou que alguns documentos enviados pela PF estão incompletos, ao mencionar reportagem que mostrou a edição de um vídeo do depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello enviado à CPI.
A PF, em nota divulgada nesta quarta-feira, disse que encaminhou a íntegra dos oito vídeos com a gravação de depoimentos.
“É gravíssimo e, como disse, pode sinalizar a utilização de instituições de Estado brasileiro para o aparamento de grupos cujos interesses não se coadunam com os objetivos da nação. Solicito imediatas providências desta comissão e do Senado Federal visando ao esclarecimento destes fatos. Solicito especialmente a requisição da integralidade das informações de interesse desta comissão, acompanhada das devidas justificativas para o envio”, afirmou o senador petista.
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