Nunes Marques devolve pedido de suspensão de quebra de sigilos do dono da Precisa

Por meio de uma manobra, a defesa do empresário Francisco Maximiano encaminhou diretamente a Nunes Marques a solicitação, para evitar que o caso caísse nas mãos de outro magistrado. Maximiano é alvo da CPI da Covid por participação em esquema de corrupção envolvendo a compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde

Kassio Nunes Marques
Kassio Nunes Marques (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)


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247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques negou nesta quarta-feira (23) pedido do empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, para que fosse derrubada a quebra de seus sigilos telefônico e telemático, determinada pela CPI da Covid. A Precisa é apontada como parte de um possível esquema de corrupção no Ministério da Saúde para a compra da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19.

Nunes Marques devolveu o pedido, que havia chegado a ele por meio da defesa de Maximiano, que apresentou a solicitação dentro de outra ação, na qual o magistrado havia determinado suspensão da quebra de sigilos do ex-secretário-executivo da Saúde, Elcio Franco. O movimento foi uma manobra para evitar que o pedido caísse por sorteio nas mãos de outros ministros.

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“Determino o desentranhamento e posterior devolução da petição ao representante da parte requerente”, determinou Nunes Marques.

O relator e o vice-presidente da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB/AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), respectivamente, além do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), reuniram-se hoje com o presidente do STF, Luiz Fux, para pedir que a solicitação de Maximiano fosse distribuída por sorteio entre os membros da Corte.

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