Natalia Pasternack diz que 'kit covid' não tem base científica que apoie o seu uso
Em depoimento à CPI da Covid, a microbiologista Natalia Pasternak afirmou que o 'kit covid', defendido por Jair Bolsonaro, “tem uma série de medicamentos que nunca foram testados em conjunto”
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247 - Em depoimento à CPI da Covid, a microbiologista Natalia Pasternak criticou, nesta sexta-feira (11), o kit covid, defendido por Jair Bolsonaro como tratamento para pessoas diagnosticadas com a doença. “Hidroxicloroquina é um medicamento comum e muito bom para malária e para algumas doenças autoimunes. Mas nunca foi testado em conjunto com outros medicamentos como a azitromicina, a invermectina, a annita, e outros componentes que aparecem e somem desse 'kit covid’”, disse.
De acordo com a especialista, o “kit tem uma série de medicamentos que nunca foram testados em conjunto, com interações medicamentosas”. “E, no caso da hidroxicloroquina, ela sozinha tem um teste de segurança, mas junto com azitromicina já não tem, sendo que são dois medicamentos que podem ter como efeito colateral o aumento de complicações cardíacas”, continuou.
“Esses medicamentos, em conjunto, podem ter interações medicamentosas nocivas para rins, fígado e podem levar pessoas para fila de transplante, como tem acontecido com usuários desse kit”.
Críticas do relator
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), criticou o "morticínio" estimulado por Bolsonaro. “Temos um Jim Jones na presidência. A diferença para o americano é que ele induziu ao suicídio e a pessoa que está na Presidência, ele induz a esse morticínio e isso não pode acontecer”, disse. Jim Jones foi um religioso que levou 918 fiéis de sua seita ao suicídio coletivo em 1978, na Guiana.
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