MPF desmembra denúncias da CPI da Covid em 12 focos para facilitar investigações
Investigações não se relacionam às acusações contra Jair Bolsonaro
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247 - A Procuradoria da República do Distrito Federal decidiu desmembrar em 12 pontos a investigação aberta a partir do relatório da CPI da Covid, que investigou no ano passado os desmandos do governo Jair Bolsonaro em relação à pandemia do novo coronavírus, informou Gerson Camarotti no G1.
O jornalista teve acesso à documentação enviada ao Senado em dezembro nesta terça-feira, 4. O despacho assinado pela procuradora da República Marcia Brandão Zollinger aponta que as investigações se referem tanto a possíveis crimes de corrupção cometidos pelas pessoas citadas quanto a possíveis casos de improbidade administrativa.
No entanto, a decisão não afeta as investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do MP de São Paulo. Para o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede), em declaração ao G1, o desmembramento das investigações é uma "luz de lamparina na escuridão da impunidade".
Os dozes focos investigativos se referem a:
- Caso Prevent Senior;
- Caso Covaxin - Precisa;
- Caso VTCLog;
- Caso Davati Medical Supply;
- Usurpação de função pública por parte de Airton Antonio Soligo;
- Fake news e incitação ao crime;
- Responsabilidade civil por dano moral coletivo;
- Impacto da pandemia sobre povos indígenas e quilombolas;
- Impacto da pandemia sobre mulheres e população negra;
- Conitec;
- Planos de saúde e hospitais.
Como o MPF do DF separou as investigações por razões geográficas ou de foro privilegiado, o órgão apura, entre outras, a atuação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, do ex-secretário-executivo da pasta Antônio Elcio Franco Filho e do ex-diretor de Logística Roberto Ferreira Dias; dos representantes da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades, Túlio Silveira e Francisco Maximiano; dos representantes da VTCLog Raimundo Nonato Brasil, Carlos Alberto de Sá, Teresa Cristina Reis de Sá e Andréia da Silva Lima; do deputado Ricardo Barros (PP) por improbidade administrativa, já que o foro privilegiado faz com que as acusações criminais sejam de competência da PGR.
As investigações não se relacionam às acusações contra Jair Bolsonaro, que foi mencionado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que abriu um conjunto de seis novas investigações preliminares junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) o envolvendo.
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