Especialistas elogiam CPI por pedido de indiciamento de Bolsonaro por 9 crimes na pandemia

"O presidente não pode se esconder atrás da instituição Governo Federal. Algumas ações foram sim de responsabilidade dele", destacou o epidemiologista e reitor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Pedro Hallal

Epidemiologista Pedro Hallal
Epidemiologista Pedro Hallal (Foto: Jefferson Rudy - Agência Senado)


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247 - O epidemiologista e reitor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Pedro Hallal, elogiou a atribuição a Jair Bolsonaro de nove crimes pelo descontrole da pandemia no Brasil. As entrevistas desta matéria foram publicadas em reportagem do portal G1

"O presidente não pode se esconder atrás da instituição Governo Federal. Algumas ações foram sim de responsabilidade dele. Era o presidente que não usava máscara apesar do Ministério da Saúde recomendar; era o presidente que disseminava fake news em suas lives semanais e em suas manifestações pública. Então, não me surpreende em nada o indiciamento do presidente", disse Hallal.

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O infectologista Renato Kfouri destacou a gravidade das consequências do descontrole da pandemia no país. "Uma em cada oito mortes no mundo ocorreu no Brasil. Neste ano tivemos 400 mil mortes no Brasil", disse.

"Não tivemos uma política voltada para a vacinação logo de cara, nós não tivemos governantes (presidente e outros) estimulando o uso de máscara, o distanciamento. Pelo contrário, promoveram aglomerações, disseram que máscara era desnecessária, que vacina era uma bobagem (...) responsabilizar o anticientificismo por parte dessas mortes é inquestionável", complementou.

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A epidemiologista da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Ethel Maciel afirmou que a CPI mudou a condução da pandemia no país dentro do Ministério da Saúde. "A CPI teve um papel muito importante desde o seu início, porque ela conseguiu redirecionar as políticas do governo frente a pandemia, como a saída de um ministro da Saúde, a indicação de um novo que fosse ligado à área da saúde e uma aceleração na compra das vacinas. Depois, a CPI foi importante para conhecermos os bastidores do que estava acontecendo no governo", disse.

Os crimes imputados ao principal membro do clã presidencial foram infração de medida sanitária preventiva, epidemia com resultado morte, prevaricação, incitação ao crime, charlatanismo, emprego irregular de verbas públicas, falsificação de documento particular, crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, e, por último, crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo).

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