Luana Araújo defende responsabilização de quem divulga informações sem comprovação científica

"É direito do cidadão ser informado para tomar as melhores decisões. Mas todos temos responsabilidade sobre as informações que são colocadas", disse a médica Luana Araújo à CPI da Covid

Médica infectologista Luana Araújo
Médica infectologista Luana Araújo (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)


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247 - A médica infectologista Luana Araújo criticou o negacionismo em torno da pandemia e defendeu a responsabilização de pessoas que espalham informações que vão na direção contrária da ciência, como a defesa do tratamento precoce contra a Covid-19.

"Na hora que qualquer pessoa, independente do seu cargo e de sua posição social, defende algo que não tem comprovação científica, você expõe a população de seu grupo a uma situação de extrema vulnerabilidade. Todo mundo que diz isso tem responsabilidade sobre o que acontece depois”, afirmou sem citar o nome de Jair Bolsonaro. 

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“Vivemos em democracia. Pessoas escolhem seus líderes e provavelmente não vamos conseguir que todos eles se alinhem a um conhecimento correto. É preciso que haja o contraditório, mas é preciso exigir que as pessoas tenham acesso à informação correta”, destacou. “É direito do cidadão ser informado para tomar as melhores decisões. Mas todos temos responsabilidade sobre as informações que são colocadas”, pontuou Luana. 

Quem é Luana Araújo 

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Luana Araújo já apontou diversas vezes os problemas no combate à pandemia da Covid no Brasil e que a  hidroxicloroquina não funciona contra a doença. Em sua conta no Twitter, a infectologista já se referiu ao uso da substância como “neocurandeirismo” e afirmou que o “Brasil está na vanguarda da estupidez mundial“. 

Em entrevista publicada em fevereiro de 2021, no site da Universidade Johns Hopkins, Luana afirmou que já chegou a ser ameaçada de morte ao alertar sobre o fato de o medicamento amplamente sugerido pelo presidente não ter eficácia científica comprovada. 

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Luana Araújo se formou em medicina pela UFRJ, em 2006. No ano seguinte, iniciou sua residência médica em infectologia. 

Ela passou a atuar como médica infectologista no Instituto Nacional Evandro Chagas, da Fiocruz, em 2009. Em 2020 prestou consultoria em saúde para o Banco Mundial. 

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou no dia 12 de maio a nomeação de Luana Araújo para a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid.  

A infectologista trabalhou na função por 10 dias, até 22 de maio. Ela pediu exoneração do cargo. 

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