Kennedy: CPI já tem provas de crimes de responsabilidade de Bolsonaro e Pazuello
"Ao relatar ofertas de imunizantes que não tiveram respostas oficiais, Murillo confirmou o desprezo de Bolsonaro e Pazuello pela compra de vacinas em agosto de 2020", escreve o jornalista
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247 - O jornalista Kennedy Alencar, em sua coluna no UOL, analisou o conjunto de depoimentos obtidos na CPI da Covid no Senado até o momento. Para ele, o relato de Carlos Murillo, gerente-geral da Pfizer na América Latina, que disse que as ofertas de imunizantes não tiveram resposta do governo federal, ajuda a CPI a "fechar o cerco" contra Bolsonaro e prova crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
"Ao relatar ofertas de imunizantes que não tiveram respostas oficiais, Murillo confirmou o desprezo de Bolsonaro e Pazuello pela compra de vacinas em agosto de 2020", escreve o jornalista.
Kennedy avalia que o "negacionismo" de Bolsonaro formou a principal trava nas negociações, uma vez que está comprovado que não faltaram ofertas.
"As dificuldades de negociar a venda de vacinas ao governo brasileiro são provas da aposta de Bolsonaro e de seus auxiliares na chamada imunidade de rebanho. Ou seja, deixar o vírus se espalhar pelo país para que os sobreviventes adquirissem imunidade natural, sem imunizante", avalia.
"Com os depoimentos tomados até hoje, a CPI da Pandemia já obteve provas de crimes de responsabilidade cometidos por Bolsonaro e Pazuello. Ambos deveriam ser responsabilizados penal e politicamente pelas instituições competentes. Mais gente morreu e adoeceu no Brasil sem necessidade devido às ações e omissões do presidente e do ex-ministro da Saúde na pandemia", completa o jornalista.
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