Kajuru defende a convocação de Marcelo Carvalho, dono da Rede TV, à CPI

De acordo com o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, o governo Jair Bolsonaro só tomou conhecimento da carta enviada pela Pfizer, que oferecia 70 milhões de doses de sua vacina contra a Covid-19, através de Marcelo Carvalho, dono da Rede TV

Marcelo de Caravalho
Marcelo de Caravalho (Foto: Divulgação / Rede TV)


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247 - O senador Jorge Kajuru (Podemos) defendeu, em sessão da CPI da Covid, nesta quarta-feira, 12, a convocação de Marcelo Carvalho, dono da Rede TV, para depor ao Senado Federal.

De acordo com o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, o governo Jair Bolsonaro só tomou conhecimento da carta enviada pela Pfizer, que oferecia 70 milhões de doses de sua vacina contra a Covid-19, através de Carvalho. A carta teria ficado, pelo menos, dois meses sem resposta.

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Em depoimento à CPI da Covid, Wajngarten afirmou que "a carta foi enviada em 12 de setembro”. “O dono do veículo de comunicação me avisa em 9 de novembro que a carta não havia sido respondida. Nesse momento, eu mando um e-mail ao presidente da Pfizer, que consta nessa carta. Eu respondi essa carta no dia em que eu recebi, 15 minutos depois", disse.

"Eu respondi para Nova York. O presidente da Pfizer do Brasil, o sr. Carlos Murillo, que virá aqui amanhã, me liga: 'Fabio, muito obrigado pelo seu retorno', no dia 9 de novembro, e foi o primeiro contato com ele", afirmou.

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Todavia, a embaixada do Brasil nos Estados Unidos já havia alertado o governo sobre a carta no dia 15 de setembro. Em janeiro de 2021, a Pfizer divulgou uma nota na qual disse que ofereceu ao governo brasileiro a possibilidade de comprar as vacinas em 15 de agosto, com entrega prevista a partir de dezembro de 2020.

Wajngarten foi chamado a depor na CPI após afirmar que “incompetência” do Ministério da Saúde, liderado então pelo general Eduardo Pazuello, causou atraso na compra de vacinas contra a Covid-19.

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Mentiras de Wajngarten

Declarações que o ex-chefe da Secom fez à Veja foram negadas aos senadores, mas um áudio desmentiu o depoente. Além disso, houve mentiras sobre campanha publicitária do governo e sobre o afastamento do ex-secretário em março por Covid.

Ao menos três senadores defenderam a prisão de Fabio Wajngarten por mentir em seu depoimento: Renan Calheiros (MDB), Alessandro Vieira (Cidadania) e Fabio Contarato (Rede). 

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O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (MDB-AM), no entanto, apesar das mentiras, afirmou que não acatará os pedidos de prisão do depoente. "Não vou mandar prender o Wajngarten. Não sou carcereiro de ninguém", disse o senador. "Não é impondo a prisão de alguém que a CPI vai dar resultado".

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