Gerente-geral da Pfizer na América Latina refuta declarações de Pazuello: "Não estou de acordo com condições 'leoninas'"
"Não concordo com esse posicionamento e com classificativo de cláusulas leoninas", afirmou o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, em depoimento à CPI da Covid. Quando era ministro da Saúde, Eduardo Pazuello criticou o contrato da farmacêutica norte-americana e colocou entraves para a negociação da oferta de vacinas
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247 - Em depoimento à CPI da Covid, nesta quinta-feira (13), o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, criticou as declarações do general Eduardo Pazuello, então ministro da Saúde, em fevereiro de 2021, de que "nós queremos a Pfizer em grande quantidade e queremos sem as condições leoninas que nós são impostas".
"Não concordo com esse posicionamento e com classificativo de cláusulas leoninas. A Pfizer exigiu a todos os países as mesmas condições que ofereceu ao Brasil", disse.
O governo argumentou em 2020 que havia entraves burocráticos e necessidade de mudança na legislação brasileira para atender cláusulas do contrato oferecido pela farmacêutica norte-americana.
O dirigente confirmou uma mentira de Pazuello, pois, em depoimento ao Senado, no dia 11 de fevereiro, o general disse que a Pfizer havia oferecido 6 milhões de doses da vacina em 2020, para entrega somente em 2021.
"A Pfizer, na oferta de 11 de novembro, ofertou 70 milhões de doses", respondeu ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), que insistiu: "A oferta, senhor Carlos Murilo, foi de 6 ou de 70 milhões de doses?". "70 milhões de doses", respondeu.
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