Gabinete do ódio age para atacar CPI da Covid e desqualificar relatório

Páginas governistas dedicadas a informações falsas e enganosas contra adversários de Jair Bolsonaro foram um dos caminhos escolhidos por aliados do governo para rebater a CPI da Covid

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia
Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)


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247 - Apoiadores de Jair Bolsonaro planejam ataques à CPI da Covid, principalmente, ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito. O senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ) fez uma transmissão ao vivo acusando o emedebista de "vagabundo" e enumerou supostos crimes do político de Alagoas na condução dos trabalhos deu o tom da reação organizada nas redes.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, páginas governistas dedicadas a informações falsas e enganosas contra adversários influenciaram o debate público. Uma delas divulgou a versão de que Renan incluiu até uma ema, ave que habita os jardins do Palácio da Alvorada, entre os indiciados. "Nem a ema do Palácio da Alvorada escapou da sanha de Renan 'vagabundo' Calheiros", disse a publicação enganosa.

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Apontado como líder do "gabinete do ódio" do Palácio do Planalto, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), indiciado por incitação ao crime na disseminação de notícias falsas, também atacou o senador do MDB e a "CPI do Lula" nas redes sociais. O parlamentar usou um vídeo fora de contexto no qual o governador de Alagoas, Renan Filho, filho do relator, falava em "deixar a cloroquina à disposição do uso médico". Carlos reclamou do não indiciamento do governador. 

Monitoramento da consultoria AP Exata apontou que, no dia da apresentação formal do relatório, as referências negativas a Jair Bolsonaro chegaram a 77%, o maior patamar em 15 dias. 

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Os crimes imputados ao principal membro do clã presidencial foram infração de medida sanitária preventiva, epidemia com resultado morte, prevaricação, incitação ao crime, charlatanismo, emprego irregular de verbas públicas, falsificação de documento particular, crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, e, por último, crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo).

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