Fakhoury admite ter financiado instituto que negociou imunizante com o governo
O empresário bolsonarista Otávio Fakhoury admitiu à CPI da Covid que financiou o Instituto Força Brasil (IFB), órgão do qual é vice-presidente. A instituição, mesmo sem relação com a saúde, tentou vender vacinas ao governo por meio da Davati Medical Supply, que se dizia representante da AstraZeneca, mas a farmacêutica sueca negou ter feito negociações com a empresa
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247 - Negacionista sobre a eficácia de vacinas contra o coronavírus, o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury admitiu nesta quinta-feira (30), à CPI da Covid, que financiou o Instituto Força Brasil (IFB), órgão do qual é vice-presidente. Ele chegou a dizer que soube do caso Davati somente "depois que aconteceu" e negou ter conhecimento sobre irregularidades nas negociações envolvendo imunizantes contra o coronavírus.
O instituto, mesmo sem relação com a área da saúde, tentou vender vacinas ao governo federal por meio da Davati Medical Supply, que tinha a intenção de atuar como intermediária e se dizia representante da vacina AstraZeneca, ofertando 400 milhões de doses do imunizante em meio à escassez mundial e com sobrepreço. A AstraZeneca negou manter qualquer vínculo ou parceria com a Davati.
Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito investigam uma suposta tentativa de dar um golpe no Ministério da Saúde com a venda de vacinas que não existiam.
Na comissão, o empresário também confessou ter pedido ajuda ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), com o objetivo de tentar comprar uma rádio para divulgar "ideias conservadoras". Também disse que ajudou a financiar o congresso conservador e de extrema direita CPAC Brasil, organizado por Eduardo Bolsonaro. Ele repassou R$ 165 mil ao CPAC.
O empresário bolsonarista ainda pagou R$ 50 mil pela impressão de materiais da campanha de Jair Bolsonaro em 2018, mas jamais declarou os gastos ao Tribunal Superior Eleitoral.
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