Executivo da Pfizer diz que Guedes e Wajngarten participaram das negociações da vacina

Em depoimento na CPI da Covid no Senado, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmou que as negociações foram feitas com o Ministério da Saúde e que houve contatos com Paulo Guedes, Fabio Wajngarten, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira

Carlos Murillo em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta quinta-feira (13)
Carlos Murillo em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta quinta-feira (13) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)


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247 - Em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta quinta-feira (13), o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmou que as negociações pela compra do imunizante foram feitas com o Ministério da Saúde, em especial com o ex-secretário-executivo Élcio Franco. Ele disse ainda que houve contatos com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ex-chefe da Secom, Fabio Wajngarten, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). 

Sobre a conversa com Wajngarten, Murillo disse: "Nossa negociação foi com o Ministério da Saúde. As conversações com o senhor Fábio Wajngarten, em nosso entendimento, foram de possível coordenação dele, mas eu não conheço o funcionamento dos órgãos governamentais e não posso exatamente indicar a função das diferentes pessoas do governo. Mas quero enfatizar que nossa negociação foi feita com o Ministério da Saúde".

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Em depoimento na CPI ontem (11), Wajngarten afirmou que iniciou sua participação nas negociações após uma carta da farmacêutica destinada a, entre outros, Jair Bolsonaro, ficar dois meses sem resposta. 

Segundo os relatos do ex-chefe da Secom, a cronologia da carta enviada pela Pfizer se deu da seguinte forma:

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1. Governo recebe carta da Pfizer em 12 de setembro;

2. Em 9 de novembro, Wajngarten recebe ligação do presidente da Pfizer e imediatamente informa Bolsonaro. Paulo Guedes estava junto e falou "vacina é o caminho";

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3. Somente em 22 de fevereiro o governo edita MP tratando da compra de vacinas.

Questionado pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), Murillo disse que a Pfizer jamais priorizou um país sobre o outro. Ele disse  que os preços variam de acordo com a renda do país e que as negociações com o Brasil começaram em maio de 2020.

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Acompanhe o depoimento de Carlos Murillo ao vivo na TV 247: 

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