Ernesto Araújo culpa Pazuello por baixa adesão do Brasil ao Covax Facility

Em depoimento na CPI da Covid no Senado, o ex-chanceler disse que a decisão de obter apenas 10% das vacinas disponíveis do consórcio não partiu dele, mas sim do Ministério da Saúde

O ex-chanceler Ernesto Araújo em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta terça-feira (18)
O ex-chanceler Ernesto Araújo em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta terça-feira (18) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O ex-chanceler Ernesto Araújo, em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta terça-feira (18), disse que jamais foi contra o consórcio Covax Facility e que a decisão de obter apenas 10% das vacinas disponíveis não partiu dele. 

"Jamais fui contra [o consórcio], o Itamaraty esteve atento desde abril de 2020. Assim que o Covax tomou forma, em julho, assinei carta para o gestor do consórcio dizendo que o Brasil tinha interesse em entrar. O contrato ficou pronto em setembro e assinamos naquele momento", disse, após ser questionado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL). "A adesão foi anunciada no dia 24 de setembro, quando Pazuello era ministro", completou. 

continua após o anúncio

Sobre os 10%, o ex-chanceler revelou que a decisão foi tomada pelo Ministério da Saúde, que se reuniu na Casa Civil com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e o Itamaraty para tratar do tema. "A decisão dos 10% não foi minha. Foi do Ministério da Saúde. Não conheço o fundamento técnico", disse Araújo. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro não estava presente. 

Ernesto ainda tratou da campanha do Brasil contra a Organização Mundial da Saúde (OMS). O ex-chanceler disse que ele não buscou contestar a importância da organização, mas sim a "carta branca" que ela recebe de não ser "transparente". Ele defendeu que o comportamento do órgão deve ser avaliado.

continua após o anúncio

Ernesto também negou a existência de um aconselhamento paralelo, como o "ministério da saúde paralelo", para a política externa brasileira. Ele disse que Eduardo Bolsonaro e Filipe Martins não extrapolaram suas funções. 

Acompanhe o depoimento de Ernesto Araújo ao vivo na TV 247

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247