Ernesto Araújo confirma, mas não explica presença de Max Moura, assessor de Bolsonaro, em comitiva que foi a Israel

Senador Randolfe Rodrigues foi incisivo nas perguntas ao ex-chanceler: “Max Moura estava fazendo o que na viagem oficial a Israel em busca de spray nasal e vacina, ele tinha função técnica?”. Renan Calheiros lembrou que ele é ligado a Queiroz e a Flávio Bolsonaro

Ernesto Araujo, Bolsonaro e Max Moura
Ernesto Araujo, Bolsonaro e Max Moura (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado | Reprodução)


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247 - O ex-ministro de relações exteriores Ernesto Araújo confirmou, mas não explicou a presença na comitiva para Israel em busca de um spray nasal contra a Covid de um assessor presidencial que não era da área científica. Durante seu depoimento à CPI da Covid, Ernesto foi questionado sobre este assunto pelo vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Ex-policial militar do BOPE, Max Guilherme Machado de Moura já foi segurança e hoje é assessor especial do presidente. Seu nome já apareceu nas anotações do caderno de Márcia, esposa de Fabrício Queiroz, ex-operador financeiro da família Bolsonaro e ex-funcionário direto de Flávio Bolsonaro, preso em junho do ano passado por participação no esquema de ‘rachadinha’ na Alerj.

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“Qual era a função do senhor Max Moura nessa comitiva? Esse simpático senhor, o que ele foi fazer lá em Israel? Ele tinha alguma função técnica? Era especialista em spray nasal?”, indagou Randolfe. Ernesto começou a responder sobre outros integrantes da comissão de caráter técnico e Randolfe insistiu com menos paciência: “O que ele conhece sobre spray nasal? O que ele conhece de ciência, de tecnologia? Por que ele foi nessa danada dessa viagem?”.

“Eu, por exemplo, também não tinha o papel técnico científico”, respondeu o ex-chanceler, que ouviu novamente de Randolfe: “Então era um passeio?”. “Claro que não, senhor senador”, respondeu Ernesto, gaguejando. “O senhor era ministro das Relações Exteriores, não tem nem comparação”, rebateu o senador. 

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“A missão também compreendeu, enfim, contato de natureza política, com o governo israelense. E de toda forma ele como assessor do Presidente da República”, tentou explicar o ex-ministro. “Então ele tinha um papel político?”, insistiu ainda Randolfe, que acabou ficando sem resposta.

Na comitiva para Israel liderada por Ernesto Araújo também estavam presentes o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o ex-secretário de comunicação do governo federal Fábio Wajngarten.

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Assista ao trecho do depoimento:

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