Diretora da Precisa diz ter feito oferta de imunizantes, mas não sabia o preço final

Em meio a denúncias de propinas na compra de imunizantes, a diretora da Precisa Medicamentos Emanuella Medrades afirmou à CPI da Covid que o laboratório Bharat Biotech não sabia o preço final da vacina Covaxin

Emanuella Medrades, diretora da Precisa Medicamentos
Emanuella Medrades, diretora da Precisa Medicamentos (Foto: Pedro França/Agência Senado)


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247 - A diretora da Precisa Medicamentos Emanuella Medrades afirmou, nesta quarta-feira (14), à CPI da Covid que, na primeira reunião com o Ministério da Saúde para negociações sobre a venda da vacina Covaxin em 3 de novembro do ano passado, o laboratório Bharat Biotech não sabia o preço final da vacina Covaxin.

"Em 20 de novembro, por exemplo, eu não tinha o custo da vacina. A primeira vez que eu fui ter uma oferta da vacina para o Brasil foi no dia 9 de dezembro e quando eles passam para a gente que o valor seria de US$ 18. Eu nego. Digo que isso está muito longe do meu preço alvo", disse a diretora.

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De acordo com a dirigente, o preço de US$ 1,34 a dose citado em emails diplomáticos nunca foi discutido oficialmente pela empresa. "Não houve nenhuma oferta de US$ 10. Posso garantir que não houve oferta, tentamos o tempo garantir que este produto fosse o mais barato para o Brasil", complementou.

"O preço foi até associado pelo presidente da Bharat [Krishna Ella] em uma reunião em agosto de 2020. Ele disse que a Covaxin poderia custar menos que uma garrafa de água. A expectativa é que fosse um produto barato. Mas sequer havia sido publicada a fase um. É impossível se precificar ele antes de ele ser desenvolvido. Esse preço nunca foi praticado. A fala foi criticada dentro da própria Bharat", continuou.

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No dia 1 de julho, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti Pereira confirmou à CPI que US$ 3,50 era o valor da dose na primeira tratativa sem propina, que, segundo ele, só viria com um US$ 1 dólar por dose a pedido de Roberto Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde.

Assista à CPI pela TV 247: 

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