Depoimentos na CPI da Covid podem reforçar pressão em busca por “culpados” pela pandemia

Os ex-ministros da saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich serão ouvidos nesta terça-feira, 04, e senadores governistas têm como principal objetivo apontar contradições de Mandetta, atualmente opositor ao governo Bolsonaro

(Foto: ABr)


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247 - O depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, marcado para as 10h desata terça-feira, 04, é um dos mais esperados da CPI da Covid. Uma série de perguntas foi formulada pelo Planalto e enviada aos aliados, sugerindo que o foco é tornar Mandetta o responsável pelos erros no início da pandemia de Covid 19 quando, à época, a orientação do próprio governo bolsonarista era só procurar o atendimento médico quando os sintomas se agravassem. A ideia, segundo apurou matéria do Estadão, é que Mandetta leve o título de ‘genocida’.

Mandetta é pré-candidato à presidência da república em 2022 e seu interesse eleitoral pode influenciar a maneira como ele será questionado na CPI. Para os não governistas, o objetivo é colocar que mesmo sendo Mandetta o ministro da Saúde, quem dava a ‘última palavra’ era Bolsonaro e que ele, Mandetta, não tinha autonomia para geria a pasta. Portanto, não podia ser culpado pelos erros.

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Para o senador Humberto Costa (PT-PE), embora Mandetta tenha se tornado crítico da gestão Bolsonaro, o trabalho dele deve ser passado a limpo. “É importante o questionamento à gestão dele. Não vai ser, digamos, nenhuma inquisição, mas também não vai ser um negócio para se jogar flores”, afirmou o petista.

A expectativa é a de que Mandetta e Teich sejam ouvidos a partir das 10 horas, no Senado. Ainda será ouvido o general Eduardo Pazuello.

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