Defesa do dono da Precisa pede ao STF que ele resolva se quer ou não ir à CPI
Advogados alegam que Francisco Maximiano tem este direito por ser investigado. O empresário também informou à Corte que viajou para a Índia no último domingo. As manobras de sua defesa para protelar o depoimento estão tendo sucesso até agora
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247 - Os advogados do empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, ingressaram com um pedido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele possa escolher se irá comparecer ou não à sessão da CPI da Covid marcada para a próxima quarta-feira (4) alegando que, como investigado, ele tem este direito. De acordo com o jornal O Globo, Maxiano também informou à Corte que viajou para a Índia no domingo (25). As manobras de sua defesa para protelar o depoimento estão tendo sucesso até agora.
"As próprias falas dos Senadores ao decorrer das Sessões da CPI, deixam clara a incontroversa condição de investigado do ora agravante. Veja-se alguns exemplos. Em sessão da CPI realizada no último dia 13.07. 2021, o Senador Randolfe Rodrigues foi claro ao pontuar que o ora agravante seria um dos focos de investigação da comissão", diz um trecho do recurso protocolado no STF.
A defesa também ressaltou que Francisco Maximiano já está sendo alvo de um inquérito na Polícia Federal, além de ser investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU).
A Precisa Medicamentos entrou na mira da CPI da Covid pela suspeita de irregularidades no contrato para a venda da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. A empresa atuava como intermediária da farmacêutica no Brasil. Na semana passada, a Bharat Biotech rescindiu o acordo com a Precisa e afirmou não reconhecer a autenticidade de dois documentos enviados pela empresa brasileira ao Ministério da Saúde.
"Informe-se, por lealdade processual, que o agravante Francisco Maximiano se deslocou à Índia, no dia 25/07/2021, para tratar sobre as recentes notícias de rescisão da representação comercial da Bharat Biotech exercida pela Precisa Medicamentos no Brasil. Por razões óbvias, o agravante embarcou no dia seguinte que foi comunicado pela Bharat, a fim de esclarecer que não teve qualquer relação com a elaboração do documento supostamente adulterado, bem como para reuniões com a fabricante de vacinas e a adoção de eventuais medidas judiciais", destacou a defesa no recurso.
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