CPI vai sugerir indiciamento de Bolsonaro pelo crime de charlatanismo na pandemia

Indiciamento foi discutido nesta quarta-feira em reunião realizada entre o presidente da comissão, senador Omar Aziz, o vice-presidente, Randolfe Rodrigues, e o relator, Renan Calheiros

Jair Bolsonaro e a CPI da Covid
Jair Bolsonaro e a CPI da Covid (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Alan Santos/PR)


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247 - A cúpula da CPI da Covid irá sugerir que Jair Bolsonaro seja indiciado  pelos crimes de curandeirismo, charlatanismo, epidemia e publicidade enganosa, entre outros delitos que, somados, podem chegar a uma pena de mais de 18 anos de prisão. De acordo com reportagem da coluna da jornalista Mônica Bergamo, o indiciamento foi discutido nesta quarta-feira (11) em uma reunião realizada entre o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL). 

A decisão teria sido tomada após o diretor da farmacêutica Vitamedic, Jailton Barbosa, revelar, durante seu depoimento ao colegiado, realizado nesta quarta-feira, que a empresa patrocinou a publicidade do medicamento ivermectina como eficaz no tratamento da Covid-19. A utilização da droga no combate ao coronavírus, porém, não possui respaldo científico. Bolsonaro foi um dos principais divulgadores do remédio como eficaz no tratamento da doença no país, inclusive em discursos, entrevistas e transmissões pela internet. 

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Os senadores que integram o colegiado também pediram o enquadramento das empresas fabricantes de ivermectina. No caso da Vitamedic, que chegou a pagar R$ 717 mil em publicidade da Associação Médicos pela Vida, que defende o uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada no enfrentamento à Covid-19.  

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