CPI tem como tema esquema das vacinas Covaxin e AstraZeneca-Davati
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid no Senado tem como temas esta semana os esquemas de corrupção ao redor da compra das vacinas Covaxin e AstraZeneca-Davati. A prorrogação da CPI e o recesso do Senado são temas da semana também
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247 - A CPI da Covid no Senado pretende avançar esta semana nas investigações das suspeitas de corrupção que envolvem a compra das vacinas da Covaxin e da AstraZeneca-Davati Medical Supply. .
Estão previstos os seguintes depoimentos:
Terça-feira - Emanuele Medrades, representante da Precisa Medicamentos, que assina o contrato da Covaxin.
Quarta-feira - Amilton Gomes de Paula, reverendo batista que preside a ONG Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários). O reverendo, como intermediário da Davati, teria apresentado Luiz Dominguetti aos representantes do governo federal que trataram da compra de vacinas.
Quinta-feira - Marcelo Blanco, tenente-coronel e ex-assessor do Delog (diretor substituto), citado por Luiz Dominguetti como a pessoa que fez a ponte entre ele e Roberto Ferreira Dias.
Outro evento esperado para esta semana é a possível leitura do requerimento de prorrogação dos trabalhos da CPI, a ser feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Instalada no dia 27 de abril, a CPI da Covid tem um prazo inicial de funcionamento de 90 dias — por causa do recesso parlamentar no Senado, este período inicial se estenderia até o dia 7 de agosto.
Na última quarta-feira, Pacheco disse que só faria a leitura do requerimento para adiar a CPI próximo ao fim do prazo, ou seja, em agosto.
Mas, no fim da semana passada, o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a leitura deve ser feita já no começo da semana, nesta terça-feira, dia 13. O requerimento de prorrogação dos trabalhos da CPI da Covid já reuniu as assinaturas necessárias.
O recesso do Senado é um tema em aberto para a CPI. Rodrigo Pacheco prometeu acelerar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias até o dia 17. Concluída a votação, o Congresso entraria em recesso. Neste período, a CPI pode até analisar documentos recebidos, mas fica impedida de realizar atos deliberativos, como votar requerimentos e ouvir testemunhas. “É uma questão técnica. Se não for votada, teremos o recesso branco. Se votada, é o recesso imposto pela Constituição entre 17 e 31 de julho”, ressaltou Pacheco, frisando os “esforços para ter a LDO”, segundo o Correio Braziliense.
A compreensão da CPI é divergente. Ainda que o Congresso interrompa os trabalhos de 17 a 31 de julho, a CPI não irá fazer o mesmo, como tem reforçado o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM). “Eu quero falar aqui, como presidente da CPI, que a gente não vai parar. Não vamos entrar em recesso, vamos continuar trabalhando. Nós não temos o direito de tirar férias quando as pessoas estão morrendo. Temos a vida toda para tirar férias”, afirmou Aziz, em sessão da última terça-feira.
Os senadores elaboraram, inclusive, um cronograma de oitivas a serem realizadas nas próximas semanas. A programação inclui o depoimento do deputado Ricardo Barros (PP/PR), que ingressou com pedido na Justiça para ser ouvido imediatamente pela CPI.
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