CPI ouve nesta terça empresário suspeito de ser sócio-oculto do Fib Bank

Parlamentares querem entender o papel do advogado e empresário Marcos Tolentino da Silva no Fib Bank e na negociação da vacina indiana Covaxin junto ao Ministério da Saúde

Marcos Tolentino
Marcos Tolentino (Foto: Reprodução)


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247 - Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito ouvem nesta terça-feira (14) o advogado e empresário Marcos Tolentino da Silva, suspeito de ser sócio-oculto do Fib Bank, empresa que deu uma garantia financeira de R$ 80,7 milhões à Precisa Medicamentos no contrato da vacina indiana Covaxin. Dono da Rede Brasil de Televisão, Tolentino é amigo pessoal do líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), investigado pela CPI. Parlamentares querem entender o papel de Tolentino no Fib Bank e na negociação do imunizante junto ao Ministério da Saúde.

A CPI considerou irregular a garantia do Fib Bank, apresentada pela Precisa. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o documento foi emitido em 17 de março deste ano, fora do prazo estipulado no contrato para compra de 20 milhões de doses do imunizante por R$ 1,6 bilhão. O acordo fechado em 25 de fevereiro previa a garantia de 5% do valor total do contrato à Saúde em até 10 dias após a assinatura, o que aconteceria no dia 7 de março. A pasta rescindiu o contrato da Covaxin em 26 de agosto por suspeitas de falsificação de documentos entregues pela Precisa.

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Outro detalhe na mira da CPI é que o Fib Bank Garantia de Fiança Fidejussória tem nome de banco (bank, em inglês), mas não tem autorização do Banco Central para funcionar como instituição financeira. A atividade principal da empresa, registrada junto à Receita Federal, é de "consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica".

O depoimento de Tolentino aos senadores estava marcado para o começo de setembro, mas ele informou que havia sido internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com "formigamento no corpo", e não compareceu ao Senado. A Justiça Federal do Distrito Federal decidiu que Tolentino pode ser alvo de condução coercitiva caso não compareça ao depoimento.

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