CPI ouve empresário considerado ‘ministro de fato’ na gestão de Pazuello
A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (5) o ex-assessor do Ministério da Saúde Airton Antonio Soligo, conhecido como Airton Cascavel. Ele quem resolvia muitas das questões burocráticas e logísticas da pasta
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Rede Brasil Atual - A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (5) o ex-assessor do Ministério da Saúde Airton Antonio Soligo, conhecido como Airton Cascavel. O requerimento para o depoimento foi apresentado pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Gestores estaduais e municipais consideravam Airton Cascavel o ministro de fato da pasta e quem resolvia muitas das questões burocráticas e logísticas do ministério.
Homem de confiança do então ministro Eduardo Pazuello, o empresário foi exonerado no mesmo dia em que Pazuello deixou o ministério.
Após deixar o ministério, o empresário assumiu em maio deste ano o cargo público de Secretário de Saúde de Roraima, mas foi exonerado no mês passado.
Reportagem do site The Intercept mostra que no curto tempo que atuou em Roraima o empresário levou a saúde do estado ao colapso.
“Cascavel tomou posse como secretário de Saúde de Roraima no dia 3 de maio. Ele ficou no cargo por menos de três meses, até 22 de julho, mas foi tempo suficiente para reduzir a quantidade de vagas destinadas a pacientes com covid-19 nos hospitais públicos, embora tenha recebido uma verba milionária do governo federal para mantê-las”, afirma a reportagem assinada por Nayara Felizardo.
Quando Cascavel assumiu o cargo, a taxa de ocupação de leitos de UTI era de apenas 44% – havia 90 disponíveis e, destes, apenas 40 estavam com pacientes. Mas, já em 27 de maio, em entrevista à imprensa, o então secretário avisou que a capacidade de atendimento a doentes de covid-19 tinha chegado ao limite. “Atingimos a zona vermelha. Temos a capacidade quase que totalmente tomada e esse é um fator preocupante neste momento”. Ele só não contou que escolheu deixar o estado nessa situação.
O colapso do sistema de saúde do estado entre maio e junho, quando cerca de 80% das vagas de UTI e todos os leitos para casos menos graves estavam ocupados, não foi provocado por falta de dinheiro.
“Quando fez a declaração em tom alarmista, Cascavel já tinha recebido do Ministério da Saúde, em 24 de maio, R$ 4,32 milhões para investir justamente na manutenção dos leitos de UTI para pacientes de covid-19 no Hospital Geral de Roraima, o HGR, do dia 1º ao 30 de maio. Mesmo que a Secretaria de Saúde tenha recebido o dinheiro somente na última semana do mês, essa era a condição para utilizar o recurso: garantir 90 leitos por 30 dias em maio”, destaca a reportagem.
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