Barroso autoriza condução coercitiva de Carlos Wizard para prestar depoimento à CPI da Covid
O empresário lobista da cloroquina e suspeito de integrar um gabinete paralelo no governo Jair Bolsonaro não compareceu em seu depoimento como testemunha à comissão no Senado na quinta-feira, 17. Agora, ele é investigado pela CPI e, portanto, tem de comparecer
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247 - O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira, 18, a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard para prestar depoimento à CPI da Covid-19. O empresário não compareceu em seu depoimento como testemunha à comissão no Senado na quinta-feira, 17.
Ele deixou o Brasil no dia 30 de março rumo à Cidade do México, no México, e desde então não se movimentou mais. A Justiça Federal em São Paulo determinou a apreensão de seu passaporte.
O empresário é um lobista da cloroquina, remédio ineficaz contra a Covid-19, e é suspeito de integrar um gabinete paralelo no governo Jair Bolsonaro para aconselhamento sobre as ações de enfrentamento da pandemia.
Barroso, em sua decisão, diz que "embora assegurado ao paciente o direito de permanecer em silêncio, o atendimento à convocação não configura mera liberalidade, mas obrigação imposta a todo cidadão".
Após não comparecer à CPI, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD determinou a condução coercitiva do convocado. Nesta sexta, ele foi transformado da condição de testemunha para investigado pela CPI, junto com outros nomes.
Na última segunda-feira, 14, Wizard apareceu em uma live do Youtube, onde foi cobrado nos comentários para ir à CPI. Ele chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal para poder depor virtualmente, alegando estar fora do País, e tentou contratar um lobista para articular sua desconvocação.
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