Presidente da Anvisa pode ser ouvido pela CPI da Covid por negativa à vacina Sputnik V
Grupo de parlamentares independentes e de oposição da CPI quer que Antonio Barra Torres e as divergências entre a Anvisa, Sputnik V e governadores sejam levadas com "urgência" ao colegiado
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Sputnik Brasil - A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de não recomendar a importação excepcional e temporária da vacina russa Sputnik V nesta segunda-feira (26) pode colocar Antonio Barra Torres, presidente do órgão, na mira da CPI da Covid-19.
Segundo publicação do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, poucas horas depois da decisão da Anvisa, um grupo de parlamentares independentes e de oposição da CPI pediu que as divergências entre a Anvisa, Sputnik V e governadores sejam levadas com "urgência" ao colegiado.
"Assim, o grupo decidiu que a convocação de Barra Torres deve ir para o início da fila de autoridades a serem ouvidas", escreveu o colunista.
A convocação de Antonio Barra Torres tem como objetivo entender quais as dificuldades de aprovação do pedido. A análise dos diretores justificou o posicionamento alegando falta de dados e risco de doenças por falha em fabricação.
A vacina russa Sputnik V contra a Covid-19 foi o primeiro imunizante contra o novo coronavírus a ser registrado, ainda em agosto de 2020. De acordo com resultados de estudos clínicos publicados em fevereiro na revista médica The Lancet, a Sputnik V tem eficácia de 91,6%.
Até agora o imunizante já foi aprovado em 60 países, sendo a segunda vacina mais aprovada por órgãos sanitários no mundo. Diversos países sul-americanos já aprovaram o imunizante, incluindo México, Argentina, Bolívia, Venezuela e Paraguai.
O vice-diretor de pesquisa científica do Centro Gamaleya, Denis Logunov, disse nesta terça-feira (27) que a declaração da Anvisa não corresponde à realidade. Segundo o vice-diretor, nenhum órgão de controle tem informação de que a vacina possui adenovírus replicante, e a Anvisa não solicitou protocolos de controle de qualidade consolidados.
"Ou seja, não houve nenhuma discussão sobre [...] conteúdo específico de partículas replicantes no medicamento. É importante dar atenção e dizer que a declaração que pelo menos eu vi na imprensa, com certeza, não tem nada a ver com a realidade", afirmou Logunov.
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