Áudios entre representantes da Davati indicam que Dias participava da negociação de vacinas

Em depoimento à CPI da Covid, o ex-diretor de Logística da Saúde Roberto Dias afirmou não ter participado de nenhuma negociação de compra de vacina contra Covid-19

Luiz Paulo Dominghetti e Roberto Dias
Luiz Paulo Dominghetti e Roberto Dias (Foto: Agência Senado)


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247 - Áudios extraídos pela CPI da Covid do celular de Luiz Paulo Dominghetti, suposto representante da Davati Medical Supply, com Cristiano Alberto Carvalho, representante oficial da Davati no Brasil, e obtidos por Renata Agostini, da CNN Brasil, mostram ambos já tratavam da venda de vacinas com o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, desde o início de fevereiro.

Durante depoimento à CPI nesta quarta-feira (7), que culminou na sua prisão, Dias negou ter negociado a compra qualquer vacina contra Covid-19. O ex-diretor alega somente ter ido atrás de informações que confirmassem a existência das 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca ofertadas pela Davati.

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Dias, segundo Dominghetti e Cristiano, teria solicitado uma visita dos representantes da Davati a Brasília, mas ambos concordaram sobre a necessidade de haver um posicionamento mais claro do Ministério da Saúde sobre a real intenção de compra dos imunizantes. 

Em 10 de fevereiro, Cristiano envia a Dominghetti áudio sobre as tratativas já em andamento com Dias. “Bom dia, Dominghetti. Falei com Dias, do Ministério, que preciso lá da carta de órgão governamental, que o Rafa já enviou a ele para gente dar prosseguimento. Sem ter absolutamente nada da intenção de compra do governo, eu não consigo dar prosseguimento. É isso que tá faltando. Rafa já fez documento e acredito que já mandou para ele [Roberto Dias]. Fico à disposição, o que está falando é só isso”.

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Em seguida, Dominghetti responde, dizendo que “o posicionamento é que vai haver a compra” pelo ministério. "Bom dia, eu falei com eles isso também nesse sentido. Apertando essa carta aí para a gente até ter a real intenção de compra do governo. Eles querem que a gente vá a Brasília, mas às vezes é um gasto de energia desnecessário se não tem posicionamento concreto da compra. Conversar a gente pode por Whatsapp, conferência. Despender ida a Brasília para bater prosa sem uma real certeza de compra, né. A princípio o posicionamento é que vai haver a compra. Mas sem essa real carta de intenção a gente não consegue avançar. Foi o que eu disse para eles”.

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