Após instalação de CPI, governo acelerou distribuição de testes da Covid ‘encalhados’

O Ministério da Saúde admitiu que tinha 4,3 milhões estocados e que poderia perder até 2,3 milhões deles a partir de maio por conta do prazo de validade vencida

(Foto: REUTERS/Andreas Gebert)


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247 - Antes do início da CPI da Covid, o Ministério da Saúde acelerou a distribuição de milhões de testes para detecção de covid-19 que estavam “encalhados” no estoque em Guarulhos. É o que revela documento enviado ao Ministério Público Federal no início de abril. A pasta admitiu que tinha 4,3 milhões estocados e que poderia perder até 2,3 milhões deles a partir de maio por conta do prazo de validade vencida.

Os testes seriam importantes para organizar o sistema de distanciamento social, evitando a propagação do vírus e evitando a morte de milhares de vida. 

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O caso se repete já que o governo tinha pelo menos 6,8 milhões de testes prestes a perder a validade e que ainda não haviam sido distribuídos e realizados.

Em dezembro, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ampliou a validade dos lotes de testes que estavam prestes a vencer. A maior parte deles deveria perder a validade a partir de maio deste ano.

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No dia 7 de abril, o Ministério da Saúde informou ao MPF que, apesar da ampliação do prazo de validade dos testes, ainda havia 4,3 milhões de kits em estoque. Como a capacidade de processamento de exames nacional era de 1,5 milhão por mês, havia a possibilidade de perda de 2,3 milhões desses kits por conta do prazo de validade.

No entanto, o ritmo de entrega de teste ocorreu justamente no período posterior à decisão do ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou a instalação da CPI da Covid no Senado, ocorrida no dia 9 de abril.

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O Ministério da Saúde disse que os testes foram enviados à Rede Nacional de Laboratórios Públicos, laboratórios parceiros do SUS (Sistema Único de Saúde) e para a central de processamento de exames do Rio de Janeiro.

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