Após fake news, senadores pedirão que Facebook suspenda contas de Bolsonaro
De acordo com o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues, o colegiado irá encaminhar ao STF a fake news de Bolsonaro relacionando a vacinação contra Covid a casos de Aids
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247 - Os senadores da CPI da Covid irão incluir no relatório final do colegiado, que será votado nesta terça-feira (26), a sugestão para que as redes sociais suspendam ou promovam o banimento definitivo de Jair Bolsonaro das plataformas.
A decisão dos parlamentares vem na esteira da repercussão da fake news divulgada pelo chefe do governo federal durante uma transmissão ao vivo pela internet. Na ocasião, ele afirmou que as pessoas completamente imunizadas contra a Covid-19 desenvolvem a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) "muito mais rápido que o previsto". A live foi removida pelo Facebook de todas as suas plataformas, incluindo o Instagram.
“Temos um delinquente contumaz na Presidência da República! Informo que incluiremos no relatório da CPI a fala mentirosa e absurda de Bolsonaro associando a vacina contra a Covid-19 à Aids”, escreveu o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), no Twitter. “Além disso, encaminharemos ofício ao ministro Alexandre de Moraes [do STF], pedindo que Bolsonaro seja investigado por esse absurdo no âmbito do inquérito das fake news e recomendaremos às plataformas de redes sociais a suspensão e/ou o banimento do presidente”, completou em seguida.
De acordo com o jornal O Globo, o requerimento pedindo que a fake news difundida por Bolsonaro seja encaminhada a Alexandre de Moraes para que ele "tome ciência da reiterada e flagrante conduta potencialmente criminosa do Sr. Presidente da República" foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O ministro é o relator do inquérito das fake news que tramita na Corte.
"Esta Comissão Parlamentar de Inquérito deve encaminhar o presente requerimento ao eminente Ministro do Supremo Tribunal Federal, Sr. Alexandre de Moraes, relator do inquérito 4.781, para que tome ciência dos termos da declaração do Sr. Presidente da República no dia 21 de outubro do corrente ano, para exame do potencial cometimento dos crimes em epígrafe, com flagrância e continuidade, determinando a retirada do conteúdo do ar e adotando demais providências que entender pertinentes", justificou o parlamentar
"Sem meias palavras: as ações do Presidente Jair Bolsonaro causaram e continuam a causar diariamente a morte de brasileiros que teriam suas vidas poupadas caso o seu principal mandatário tivesse uma conduta minimamente razoável e responsável. Cabe aos demais Poderes da República encontrar soluções para que a prática delituosa seja interrompida", destacou Vieira.
Confira as postagem de Randolfe Rodrigues sobre o assunto.
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