Após entrar na mira da CPI, militar e chefe da CGU, Wagner Rosário, ataca Omar Aziz

Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, o ministro da CGU Wagner Rosário usou o Twitter para acusar o presidente da CPI, Omar Aziz, de calúnia, e disse "aguardar ansiosamente a convocação"

Omar Aziz e Wagner Rosário
Omar Aziz e Wagner Rosário (Foto: Pedro França/Agência Senado | Jörn Wolter/CGU)


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Paulo Motoryn, Brasil de Fato - O chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, abandonou o rótulo de ministro “técnico” sobre o qual se apoiou para garantir o cargo que mantém desde a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB).

Militar do Exército Brasileiro, ele é formado na Academia Militar das Agulhas Negras, onde o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também estudou. Rosário chegou a ocupar o posto de Capitão antes de sair da Força, após passar em concurso para auditor federal, em 2008.

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O ministro assumiu interinamente o cargo de ministro na gestão Temer, em maio de 2017, depois da demissão de Torquato Jardim. Primeiro auditor a ter o cargo mais alto da pasta, Rosário mostra cada vez mais sua adesão incondicional ao bolsonarismo radical.

Na noite de 6 de setembro, um dia antes das manifestações do Dia da Independência, elogiou manifestantes que invadiram a Esplanada dos Ministérios. Na ocasião, publicou uma mensagem nas redes sociais na noite com vídeo que mostra um grupo no local, no trecho mais próximo à rodoviária. É possível ouvir a voz de um homem dizendo "liberou a barreira".

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"Lindo ver Brasília ser tomada por pessoas de bem. Pessoas ordeiras, que só querem viver num país mais justo, mais livre e mais democrático. Tá bonito de ver!!! Viva o 07 de setembro!!!", escreveu o ministro.

Nesta quarta-feira (15), resolveu atacar o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), após ter sido acusado de cometer crime de prevaricação. No Twitter, Rosário escreveu mensagem acalorada.

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O ministro da CGU rebateu o pedido de Aziz para incluí-lo no relatório da comissão pelo crime de prevaricação. “Calúnia é crime”, escreveu Rosário nas redes sociais.

A solicitação de Aziz ocorreu após o lobista da Precisa Medicamentos Marconny Faria dizer que a CGU realizou operação de busca e operação na casa dele em outubro de 2020. Aziz afirmou também que vai marcar o depoimento do ministro.

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“Wagner Rosário é um prevaricador. Ele tem que vir mesmo aqui. Como ele sabia que Roberto Dias [ex-diretor de Logística da pasta federal] estava operando dentro do Ministério da Saúde e não tomou providência? Ele tem que explicar”, afirmou Aziz.

“Não são as operações que ele fez, não, mas a omissão dele em relação ao governo federal. A CGU esteve na casa de Marconny, levaram o fato material e não tomaram providência”, completou o senador.

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