Ao sacar milhões, motoboy entra na mira da CPI da Covid

O motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva chegou a sacar em diversos momentos o montante de R$ 4.743.693. Ele é responsável por 5% de toda movimentação atípica feita pela VTClog, empresa que se tornou alvo de uma das principais linhas de investigação da CPI da Covid

CPI da Covid
CPI da Covid (Foto: Reprodução | Edilson Rodrigues/Agência Senado)


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247 - O motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva é responsável por 5% de toda movimentação atípica feita pela VTClog, empresa que se tornou alvo de uma das principais linhas de investigação da CPI da Covid. Ele chegou a sacar em diversos momentos o montante de R$ 4.743.693. De acordo com o Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a VTClog movimentou de forma suspeita R$ 117 milhões nos últimos dois anos. O nome de Ivanildo Gonçalves é citado várias vezes no documento. A maioria foi saques em espécie e na boca do caixa. A CPI pretende convocá-lo para depoimento.

Segundo o Jornal de Brasília, o motoboy admitiu ter feito os saques. Gonçalves disse que parte do dinheiro foi depositada por ele mesmo na conta de pessoas não conhecidas por ele. Também não explicou por que transportava tanto dinheiro em vez de usar a tecnologia bancária daquela época, como transferência eletrônica disponível (TED).

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Com vencimentos que não ultrapassam um teto de R$ 2 mil mensais, Gonçalves chegou a carregar em sua moto R$ 430 mil no dia 24 de dezembro de 2018, ironicamente, a poucas horas da noite de Natal daquele ano.

De acordo com o motoboy, o dinheiro seria usado para pagar fornecedores, prestadores de serviço e toda sorte de credores. 

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A VTCLog foi alvo de uma denúncia feita pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). O dono da empresa, Carlos Alberto de Sá, conhecido como Carlinhos, teria pedido ajuda de um amigo chamado Flávio Loureiro de Souza, que é próximo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), do atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), e do senador Flávio Bolsonaro. O objetivo era solucionar o impasse dentro do Ministério da Saúde.

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