Acossado pela CPI, clã Bolsonaro parte para guerra total contra Renan Calheiros

Agressão de Flávio Bolsonaro foi jogo combinado com o pai, que também atacou o senador nas redes sociais e vai a Alagoas "inaugurar" obra já inaugurada pelo governador Renan Filho e feita com recursos do estado e do governo Dilma

Bolsonaro e Renan Calheiros (Foto: reprodução)
Bolsonaro e Renan Calheiros (Foto: reprodução) (Foto: Bolsonaro e Renan Calheiros (Foto: reprodução))


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247 - A agressão do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) a Renan Calheiros (MDB-AL) na CPI da Covid na tarde desta quarta-feira (12) foi uma jogada combinada com seu pai, Jair, que poucas horas depois postou um tuite reforçando a agressão (veja abaixo). O ataque do clã a Renan prossegue nesta quinta, com uma visita de Jair Bolsonaro a Alagoas, que tem aspecto de ocupação do Estado. 

Na viagem a Alagoas, Bolsonaro irá "inaugurar" obra já inaugurada pelo governador Renan Filho e feita com recursos do estado e do governo Dilma Rousseff.

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Veja o tuíte de Bolsonaro: 

Renan chegou a pedir a prisão do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten, que mentiu várias vezes em seu depoimento, prestado nessa quarta-feira (12). "Imagina a situação: um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros", afirmou Flávio, que já foi denunciado pelo Ministério Público (MP-RJ) por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa

Entre as mentiras ditas pelo ex-chefe da Secom foi a de que a campanha do jornalista Otávio Mesquista era favorável ao isolamento social. A peça não recomendou o isolamento social e deu o seguinte conselho: "Não precisa sair correndo para o hospital por causa de um simples resfriado." E também diz que "é preciso ter calma".

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O ex-secretário também afirmou não ter conhecimento sobre a campanha "O Brasil não pode parar", lançada em março de 2020, porque estava afastado com Covid-19, mas, em live com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na época da campanha citada, Wajngarten disse que, mesmo com a doença, estava trabalhando normalmente, inclusive aprovando campanhas.

O relator Renan Calheiros também ficou revoltado com o ex-secretário, que não quis responder sobre o impacto do negacionismo de Bolsonaro sobre a população. "O senhor junta alhos com bugalhos e a gente que pegar a linha lógica e não consegue", disse Calheiros.

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O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), também demonstrou irritação com o ex-chefe da Secom. "Não subestime minha inteligência", afirmou. 

Obras

Nesta quinta, Bolsonaro vai ao estado governado pelo filho de Renan Calheiros "inaugurar" 500 unidades habitacionais do Residencial Oiticica I, no Benedito Bentes. 

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Também haverá uma solenidade para o Viaduto da Polícia Rodoviária Federal em Maceió. Bolsonaro inaugura o Trecho IV do Canal do Sertão Alagoano.

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