À PF, Luis Ricardo Miranda confirma que comunicou Bolsonaro sobre pressão de superiores

O servidor da Saúde relatou que as cobranças partiram de Alex Lial Marinho, de Roberto Ferreira Dias e de uma pessoa que se identificava como "Coronel Pires", que seria assessor da secretaria-executiva do ministério

Servidor Luis Ricardo Miranda em depoimento na CPI da Covid
Servidor Luis Ricardo Miranda em depoimento na CPI da Covid (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)


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247 - Em depoimento à Polícia Federal (PF), o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado Luis Miranda (DEM-DF), afirmou ter sido pressionado para agilizar a compra de vacinas. Ele relatou que as cobranças partiram de Alex Lial Marinho, então coordenador-geral da área de logística, de Roberto Ferreira Dias, então diretor do departamento de logística, e de uma pessoa que se identificava como "Coronel Pires", que seria assessor da secretaria-executiva do ministério. 

"Eles, insistentemente, por telefone, por mensagens via aplicativos, perguntavam sobre o andamento do processo, se a divisão já havia, quando era o caso, entrado em contato com a empresa para a resolução de pendências, andamento do processo junto à Anvisa", disse Miranda.

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À PF, ele disse ter comunicado a situação a Jair Bolsonaro, no encontro no Palácio da Alvorada. "O presidente da República ouviu o relato, leu algo nos documentos apresentados e fez anotações". "O presidente da República disse que ao término da reunião iria ligar para o DG (diretor-geral) da Polícia Federal para investigar", diz no depoimento.

No entanto, não houve nenhum encaminhamento à PF, razão pela qual o presidente pode ser enquadrado no crime de prevaricação. 

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O depoimento foi prestado no último dia 14 de julho, no inquérito que investiga se o chefe de governo prevaricou. (Com informações do Globo). 

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