À CPI, ministério de Guedes diz que não alocou mais recursos contra a Covid-19 porque governo subestimou pandemia em 2021
Senadores questionaram a pasta por que, apesar de a doença já estar no Brasil há nove meses, o governo não incluiu recursos no orçamento de 2021 para combater a pandemia. Texto de resposta alega que a doença se tornou um fenômeno imprevisível
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - Questionado pelos senadores da CPI da Covid por que não alocou mais recursos para a Covid-19 no Orçamento de 2021, o Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes, respondeu que a doença era um fenômeno imprevisível e foi subestimada pelo governo.
Segundo documento do Ministério da Economia, cujo conteúdo foi revelado pelo Globo, a previsão de alocação de valores tornou-se incerta porque no momento da elaboração do orçamento não se vislumbrou a continuidade ou o crescimento da pandemia no patamar atingido em 2021.
“É fundamentalmente por esse motivo que as dotações específicas para o combate à pandemia foram, ao menos em regra, veiculadas por créditos extraordinários”, diz trecho elaborado pela equipe técnica da Secretaria de Orçamento, fazendo referência ao dispositivo usado para lidar com gastos urgentes e imprevisíveis, como foi o caso do coronavírus em 2020.
No final de abril, Guedes fez uma declaração que ilustra a decisão: “Todo mundo achou que a pandemia estava indo embora. Não adianta atacar só o governo federal. Estamos juntos nessa batalha. Não é hora de jogar pedra nos outros”. Ele também disse na ocasião que “erros foram cometidos por todos os lados”.
Em outubro de 2020, no Senado, o ministro afirmou que a pandemia estava caindo e que a economia estava se recuperando. “A doença está descendo, a economia está voltando, está voltando em V. A criação de empregos está se dando em ritmo bastante impressionante”, disse.
Inscreva-se no canal de cortes da TV 247 e saiba mais:
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247