Zara Brasil não aceita "convite" para explicar trabalho escravo
O presidente da empresa, Enrique Huerta Gonzalez, agradece a oportunidade, mas se diz impossibilitado de comparecer convoao da Assembleia Legislativa de So Paulo
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247 - A Zara Brasil não pretende se apresentar à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de trabalho escravo em fornecedores da rede no Estado de São Paulo. O depoimento estava programado para hoje, durante a reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia.
Em nota, a Inditex - controladora da Zara - afirma que "agradece a oportunidade do encontro para explicar e compartilhar a política e as exigências do Código de Conduta da empresa, mas lamenta que devido ao curto período de tempo entre o recebimento do convite e a data da reunião, o sr. Enrique Huerta Gonzalez encontra-se impossibilitado de comparecer perante a comissão". A convocação foi feita pelo deputado estadual Carlos Bezerra Jr. (PSDB). A assessoria afirma, no entanto, que ele poderá comparecer numa outra ocasião.
Equipes de fiscalização do governo federal flagraram, por três vezes, trabalhadores estrangeiros submetidos a condições degradantes de trabalho em oficinas de fornecedores da Zara - jornada de até 16 horas diárias, cobrança e desconto irregular de dívidas dos salários e proibição de deixar o local de trabalho sem prévia autorização. Após uma denúncia anônima, 15 pessoas, incluindo uma adolescente de apenas 14 anos, foram libertadas.
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