Youssef: quase todo o PP está envolvido em propinas

Doleiro Alberto Youssef afirma em delação premiada que "só sobram dois no PP" ao falar sobre o envolvimento de políticos do partido no esquema de propina em contratos da Petrobras; de acordo com a investigação Lava Jato, a legenda tem papel protagonista no escândalo; envolvimento de Henry Hoyer de Carvalho, que foi assessor do ex-senador Ney Suassuna (PSL-PB), aponta que esquema tinha vários operadores

Doleiro Alberto Youssef afirma em delação premiada que "só sobram dois no PP" ao falar sobre o envolvimento de políticos do partido no esquema de propina em contratos da Petrobras; de acordo com a investigação Lava Jato, a legenda tem papel protagonista no escândalo; envolvimento de Henry Hoyer de Carvalho, que foi assessor do ex-senador Ney Suassuna (PSL-PB), aponta que esquema tinha vários operadores
Doleiro Alberto Youssef afirma em delação premiada que "só sobram dois no PP" ao falar sobre o envolvimento de políticos do partido no esquema de propina em contratos da Petrobras; de acordo com a investigação Lava Jato, a legenda tem papel protagonista no escândalo; envolvimento de Henry Hoyer de Carvalho, que foi assessor do ex-senador Ney Suassuna (PSL-PB), aponta que esquema tinha vários operadores (Foto: Gisele Federicce)


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247 – Em depoimento aos investigadores da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef reforçou a participação de integrantes do PP no esquema de corrupção em contratos na Petrobras. Segundo ele, quase toda a legenda está envolvida em propinas. "Só sobram dois no PP", afirmou Youssef, principal acusado de lavar o dinheiro desviado.

Os investigadores acreditam que o esquema foi organizado pelo ex-deputado José Janene, réu na Ação Penal 470 morto em 2010. Ele teria criado um modelo que concentrava a negociação e o pagamento de propinas em um diretor na estatal, e não em vários agentes públicos, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

Foi então que 1% dos contratos da diretoria de Abastecimento da empresa começou a ser repassado para o PP. A ideia depois foi copiada por PT e PMDB, de acordo com a investigação. O esquema teria começado em 2004, quando Paulo Roberto Costa assumiu a área dentro da Petrobras.

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No governo, o PP comanda a pasta das Cidades, entre as de maior orçamento. O irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte é investigado, acusado de trabalhar para Youssef transportando dinheiro de propina. Ele foi preso na semana passada, mas solto na sexta-feira.

Diversos operadores

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Alberto Youssef não é mais visto como operador único no esquema da Lava Jato. Henry Hoyer de Carvalho, um homem identificado apenas como Henry nos depoimentos do doleiro à Justiça, passou a ser investigado nos últimos dias e apontado como o segundo operador do PP no esquema.

Ele é sócio em duas empresas de Youssef e foi assessor do ex-senador Ney Suassuna (PSL-PB). Em depoimento no dia 8 de agosto, o doleiro apontou um segundo operador do esquema, que atuava, junto com ele, nos contratos bilionários da Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

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Em sua declaração à Justiça, ele apontou "outros operadores", delatando em seguida Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que operava pelo PMDB, e Henry, "que também operava quando o Partido Progressista perdeu a liderança". Henry consta como diretor executivo da Associação Comercial e Industrial da Barra da Tijuca (Acibarra), presidida pelo ex-senador Suassuna.

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