Youssef decide contar tudo e Kakay pula fora
Descontente com decisão de Alberto Youssef de fazer delação premiada no inquérito da Operação Lava Jato, criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro anunciou que está deixando o caso; “Temos uma tese jurídica que era importante no STJ”, justificou Kakay, lamentando; quanto a Youssef, que teria sido aconselhado por familiares a contar o que sabe à Polícia Federal, a promessa é de envolver empreiteiras e políticos no escândalo de tráfico de influência e corrupção; novos desdobramentos à vista; voltagem de tensão no mundo político volta a subir; doleiro que promete contar tudo é acusado de ter enviado ilegalmente US$ 444,7 milhões para contas bancárias no exterior
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247 – O doleiro Alberto Youssef, principal alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, decidiu fazer delação premiada, anunciou seu advogado no STF, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. A decisão é tomada por pressão da família, segundo Kakay, e porque outros envolvidos decidiram fazer o acordo com a Justiça em troca da diminuição de pena.
"É uma pena, temos uma tese jurídica que era importante no STJ", disse o criminalista, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. Ele agora deixará o caso. Mesmo com a delação premiada, o doleiro deverá cumprir ao menos quatro anos de prisão em regime fechado e mais quatro em regime aberto.
A decisão é tomada pouco tempo depois de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, ter delatado à polícia um esquema de corrupção na Petrobras envolvendo dezenas de políticos da base do governo, que teriam recebido propina. O esquema, segundo Costa, era articulado por Youssef.
O doleiro é acusado de ter enviado US$ 444,7 milhões para fora do País de forma fraudulenta entre julho de 2011 e março de 2013. Esse crime teria sido cometido 3.649 vezes, segundo a polícia.
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