Viúva de Janene diz nunca ter falado com deputados da CPI da Petrobras

Presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB) voltou atrás na afirmação de que pretende exumar o corpo do ex-deputado José Janene (PP), morto em 2010; a viúva Stael Fernanda Janene, que segundo ele teria dito ter dúvidas sobre a morte do marido, negou ter conversado com deputados da CPI e informou que o caixão de Janene não estava lacrado, uma vez que foi sepultado conforme os ritos da religião muçulmana

Presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB) voltou atrás na afirmação de que pretende exumar o corpo do ex-deputado José Janene (PP), morto em 2010; a viúva Stael Fernanda Janene, que segundo ele teria dito ter dúvidas sobre a morte do marido, negou ter conversado com deputados da CPI e informou que o caixão de Janene não estava lacrado, uma vez que foi sepultado conforme os ritos da religião muçulmana
Presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB) voltou atrás na afirmação de que pretende exumar o corpo do ex-deputado José Janene (PP), morto em 2010; a viúva Stael Fernanda Janene, que segundo ele teria dito ter dúvidas sobre a morte do marido, negou ter conversado com deputados da CPI e informou que o caixão de Janene não estava lacrado, uma vez que foi sepultado conforme os ritos da religião muçulmana (Foto: Paulo Emílio)


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247 - O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB) voltou atrás na afirmação de que pretende exumar o corpo do ex-deputado José Janene (PP), morto em 2010. Motta, que nesta quarta-feira (20), disse ter recebido informações repassadas por interlocutores que a viúva de Janene, Stael Fernanda Janene, teria dúvidas sobre a morte do marido, afirmou que pretende ouvir a viúva antes de decidir pela exumação.

Por meio de nota, Stael negou ter tido qualquer conversa relacionada ao episódio e afirmou que nem procurou ou foi procurada pelos membros da CPI para discutir o assunto. Ela também disse ter recebido o corpo do ex-parlamentar e que o caixão não estava lacrado, como Motta havia dito. Stael disse, ainda, que José Janene foi enterrado em Londrina conforme os ritos da religião muçulmana. Janene faleceu no Instituto do Coração, em São Paulo, em 2010, enquanto esperava por um transplante de coraçao.

A informação de que o caixão estava lacrado também é contestada por colegas de bancada do ex-deputado. "Eu estava no velório acompanhado de vários deputados e vimos o corpo. Esse pedido de exumação não tem sentido", garantiu o deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Outros membros da CPI, como o deputado Júlio delgado (PSB-MG) também criticiram a proposta do presidente da comissão. Segundo ele, o objetivo é "tirar o foco das investigações de quem está vivo".

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Diante das críticas, não restou outra alternativa a Motta a não ser recuar do objetivo inicial e convocar a viúva antes de aprovar o requerimento de sua convocação. "Ela conseguindo provar esse fato [que ele está morto], não cabe à CPI, se a prova for contundente, estar alimentando essa história. Eu apenas trouxe um fato que entendo ser de relevante importância", observou.

O ex-deputado José Janene é apontado como um dos mentores do esquema de desvios e corrupção na Petrobras que é investigado pela Operação Lava Jato.

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